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Lisboa quer gerar 17,4 mil milhões de euros de riqueza com o turismo em 2023

A Associação Turismo de Lisboa (ATL) espera obter 17,4 mil milhões de euros de riqueza gerada pelo turismo na capital durante este ano, uma subida de 6% em relação a 2022, de acordo com seu Orçamento e Plano de Atividades para 2023, a que o DN teve acesso. Esta projeção não tem em conta o impacto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), sobre a qual a ATL não tem um estudo específico.

Após uma quebra na riqueza gerada nos dois anos de pandemia – 4,68 mil milhões de euros em 2020 e 6,88 mil milhões em 2021 – e uma subida de 138% no ano passado (16,4 mil milhões de euros), o Turismo de Lisboa espera, a partir deste ano, voltar “ao ritmo anual de crescimento previsto no plano estratégico (6%), de modo a alcançar 20 705 milhões de euros de riqueza gerada pelo turismo na região de Lisboa em 2026”.

“Em 2023, o objetivo será alcançar um valor de geração de riqueza atribuído ao turismo de 17,4 mil milhões de euros”, refere o Orçamento e Plano de Atividades para 2023 da ATL.

Para estas contas vai contribuir o aumento para 911 euros do valor de gasto médio individual com a estadia em Lisboa previsto para este ano. “Partindo de um valor de 843 euros de gasto médio individual com a estadia na região de Lisboa em 2018, o plano estratégico estabelecia como objetivo para 2024 alcançar uma taxa de crescimento médio anual de 3%”.

“Não tendo existido apuramento nos anos de 2020 e 2021 estima-se que em 2022 este indicador possa crescer 5% face a 2019, para 884 euros. Para 2023 e anos seguintes, o objetivo é assegurar o percurso inicialmente definido de um crescimento médio anual de 3% neste indicador, de forma a atingir um valor de 995 euros em 2026”, indica o mesmo documento.

No total, o Turismo de Lisboa espera chegar ao final de este ano com 18,9 milhões de dormidas em alojamento turístico, prevendo para 2024 uma subida de 5%, para 19,8 milhões de dormidas. “A partir de 2025, o objetivo de crescimento será de 3% ao ano, de modo a alcançar um volume de 21 milhões de dormidas na região de Lisboa em 2026.”

Estas projeções “não contam com o impacto direto da Jornada Mundial da Juventude e a Associação Turismo de Lisboa não tem nenhum estudo específico”, esclareceu fonte da ATL ao DN. Mesmo assim, é referido no Plano de Atividades para este ano que, “a crescente notoriedade e capacidade de atração do destino. será excecionalmente reforçada pela realização da Jornada Mundial da Juventude, que projetará a imagem de Lisboa para todo o mundo”.

No mesmo documento é ainda referida uma despesa de 1,2 milhões de euros descrita como colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa na JMJ. Fonte do Turismo de Lisboa explicou ao DN que este “investimento previsto é na organização do evento no Terreiro do Paço, incluindo IVA”, mas que “o custo real vai ficar abaixo dessa estimativa, que foi feita na altura da elaboração do orçamento da ATL”. A previsão atual é que o custo real seja de cerca de 700 mil euros, já com o IVA, montante que inclui todos os custos de produção.

Quase 10 milhões de apoio à Web Summit

No que diz respeito a receitas, o Turismo de Lisboa espera obter este ano 50,7 milhões de euros, sendo a maior fatia (42%) obtida através de atividades próprias, que incluem as rendas dos concessionários do Terreiro do Paço (2,7 milhões) e da Zona Ribeirinha (3,1 milhões), bem como do Lisboa Camping e do Mercado da Ribeira e do novo restaurante da Doca da Marinha.

Este capítulo inclui também as receitas da exploração dos espaços da ATL – Pátio da Galé (786 mil euros) e Pavilhão Carlos Lopes (1,7 milhões) -, do Lisboa Card (5,9 milhões) e dos equipamentos da ATL – Arco da Rua Augusta, Lisboa Story Centre, Centro Interpretativo da História do Bacalhau, Pilar 7, Centro Tejo, Estação Sul e Sueste, Doca da Marinha, Mitos&Lendas de Sintra, NewsMuseum e Museu do Tesouro Real – que vão desde os 2,3 milhões de euros referentes ao Museu do Tesouro Real aos 96,3 mil euros do NewsMuseum. No total, entre as cedências de espaços e os produtos para turistas, o Turismo de Lisboa espera arrecadar este ano 12 milhões de euros.

Durante o ano de 2023, o Turismo de Lisboa planeia decidir ainda a reabertura ou o encerramento definitivo dos postos de turismo que ainda não foram reabertos depois da pandemia – quiosques no Campo Pequeno e Alcântara, a loja da Rua do Jardim do Regedor e quiosques em algumas estações do Metro. Paralelamente, irá lançar um projeto de renovação da imagem dos seus postos e lojas.

No que diz respeito à promoção turística da região de Lisboa, está prevista uma despesa total de 21,3 milhões de euros.

“A maior parte do investimento em promoção destina-se ao apoio à Web Summit previsto para este ciclo de edições, iniciado em 2019, que atinge o montante total de cerca de 9,6 milhões de euros em 2023, representando quase metade dos recursos disponíveis para a promoção turística da região de Lisboa”, pode ler-se no plano de atividades, onde também é dito que o orçamento de apoio aos eventos promocionais “será pontualmente reforçado em 2023, com a colaboração na Jornada Mundial da Juventude”.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Paulo Sprangler / Global Imagens