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Lisboa quer estar na corrida para novo centro de inovação da Ryanair

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa disse que a cidade quer estar na corrida para a localização do novo centro de inovação da Ryanair e anunciou uma parceria com a companhia aérea para a Fábrica de Unicórnios.

“Farei tudo o que puder para que a Ryanair também se estabeleça aqui, mais um centro de inovação em Lisboa, acho que isso é importante, portanto vamos tentar estar nesta corrida”, disse esta terça-feira Carlos Moedas aos jornalistas, à margem da cerimónia do 20.º aniversário da Ryanair, na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, que contou com a presença de vários representantes do setor.

O autarca sublinhou que a concorrência para a localização do novo centro é “entre cidades de toda a Europa” e defendeu que Lisboa “tem de criar essa atratividade”.

No início de setembro, o presidente executivo da companhia aérea irlandesa, Michael O’Leary, disse, num encontro com jornalistas, em Dublin, Irlanda, que a Ryanair quer abrir um novo centro de treinos para pilotos e tripulantes de cabine na Península Ibérica e admitiu que o Porto é uma das hipóteses em consideração.

No entanto, hoje, o presidente executivo da companhia de aviação, Eddie Wilson, avançou que a decisão deverá ser tomada nos próximos três meses e que Madrid se apresenta como uma opção com melhores conexões.

O responsável disse ainda que a empresa está a analisar a hipótese de abrir instalações em Lisboa para a equipa de tecnologias de informação, que pretende reforçar.

Carlos Moedas aproveitou também o momento para anunciar que a Câmara de Lisboa e a Ryanair vão ser parceiros no desenvolvimento da Fábrica de Unicórnios, que deverá ser anunciada na próxima semana, na Web Summit.

“Vamos anunciar a Fábrica de Unicórnios, aquele que é o meu grande projeto de inovação, para que Lisboa seja a capital da inovação da Europa e, hoje, tive a boa notícia que a Ryanair vai também participar neste projeto”, afirmou o autarca.

Carlos Moedas disse que serão estabelecidos acordos “com várias empresas”, de “diferentes áreas”.

Na cerimónia de hoje, a Ryanair apresentou um relatório da PwC, sobre a contribuição da empresa para a economia portuguesa nos últimos 20 anos.

Segundo o estudo, a companhia aérea irlandesa e os passageiros que transporta contribuem com mais de dois milhões de euros por ano na economia portuguesa e com 80 mil postos de trabalho anualmente.

Relativamente ao período anterior à pandemia, a Ryanair registou um crescimento de 13% no verão, em Portugal.

A secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, presente na cerimónia de aniversário, sublinhou o “grande contributo” da companhia aérea para a retoma do turismo, após a pandemia.

“Felizmente, temos várias companhias aéreas a crescer com este ritmo e com esta dimensão, naturalmente a Ryanair é um excelente exemplo por ter dado um contributo muito relevante durante estes 20 anos, espero que continue assim, mas temos outras companhias aéreas com quem temos trabalhado, temos 65 companhias aéreas, servimos mais de 160 cidades nas nossas rotas, que temos vindo a dinamizar e que, neste momento, já estão com um nível muito idêntico ao de 2019”, disse a governante aos jornalistas.

Fonte: Jornal de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Pau Barrena / AFP