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Linhas Aéreas de Moçambique empenhada na obtenção de licenças para voltar a voar para Lisboa

A transportadora Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) está a reunir as condições necessárias para a obtenção de licenças que permitam voos Maputo-Lisboa, avançou hoje a Fly Modern Arc (FMA), entidade sul-africana responsável pela estratégia de recuperação da transportadora.

Sérgio Matos, representante da FMA, disse, em conferência de imprensa, que a LAM está empenhada em obter as devidas autorizações para utilizar o Aeroporto Humberto Delgado e horários de gestão de ‘slot’.

“A LAM parou de voar para Lisboa em 2012 e, de lá para cá, não fez nenhuma outra atualização das suas licenças, tendo perdido todas as licenças”, afirmou Matos.

A transportadora previa retomar o trajeto entre as capitais moçambicana e portuguesa este mês, mas a operação foi adiada, devido à necessidade de obter as devidas autorizações, prosseguiu.

A transportadora também está em processo de regularização de dívidas inerentes ao tempo em que voava para Lisboa, até suspender a operação há 11 anos, disse Sérgio Matos.

A reativação da rota Maputo-Lisboa faz parte da estratégia de internacionalização da operação da LAM, no âmbito da recuperação da empresa.

Em maio, Sérgio Matos declarou, em conferência de imprensa, que o plano de salvamento da transportadora de bandeira moçambicana também passa por explorar novos destinos, como Brasil, Índia, Dubai e China.

No âmbito do plano de recuperação, a LAM inaugurou este ano as rotas Maputo-Lusaca, Joanesburgo-Vilankulo e Joanesburgo-Beira, bem como trajetos interprovinciais.

Sérgio Matos disse hoje que a LAM reduziu a sua dívida em 57 milhões de euros, desde abril, e continua em recuperação.

Quando a FMA assumiu a gestão da companhia aérea estatal em abril, a LAM tinha uma dívida estimada em cerca de 300 milhões de dólares (277,7 milhões de euros), de acordo com dados fornecidos na altura.

A estratégia de revitalização da empresa segue-se a anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.

Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal