Os franceses chamaram-lhe “monstro” e Viktor Gyökeres jogou uma monstruosidade na sua estreia na Liga dos Campeões. No estádio José Alvalade, o sueco marcou ao Lille e ajudou o Sporting a vencer (2-0) esta terça-fera, na primeira jornada da renovada prova da UEFA. O outro foi marcado por Debast, que coroou a bela estreia dos leões na Champions com um golaço.
Era um dos novatos do plantel em termos de Champions e tal como Rúben Amorim previra na véspera, não se notou nada. O nervosismo da estreia entre os grandes do futebol europeu, depois de uma primeira época de sonho em Alvalade, não fez parte do desempenho do camisola 9.
A partida começou com ligeiro ascendente do Lille, mas os leões foram equilibrando o jogo, apesar de Amorim ter sido obrigado a mudar a forma de jogar devido à lesão de Gonçalo Inácio logo aos 13 minutos de jogo, e chegaram ao golo pelo inevitável Gyökeres.
Primeiro o sueco ainda teve um passe delicioso para Pedro Gonçalves, que viu o seu remate travado de forma espetacular por Chevalier! A dupla Pote/Gyökeres foi mais bem sucedida na missão de chegar ao golo aos 38 minutos.
Um golo que resultou da pressão alta do Sporting e de um passe incompleto de Alexsandro que levou a bola até aos pés de Pedro Gonçalves, que assistiu para o remate forte e colocado do avançado que originou um grito de alegria em Alvalade. O sueco marca há oito jogos consecutivos na temporada 2024-25 – só ficou em branco na Supertaça.
A expulsão de Angel Gomes antes do intervalo complicou muito a vida aos franceses para o segundo tempo da partida, tendo em conta que teriam de jogar com menos um jogador durante, pelo menos 45 minutos, enquanto tentariam anular a desvantagem no marcador.
No regresso do intervalo, a estratégia do Lille foi simples: impedir que Gyökeres recebesse a bola em condições de arrancar para a baliza.
E isso levou a uma dupla irritação do técnico leonino. Primeiro porque queria que a equipa desse mais proteção ao sueco e depois porque as interrupções quebravam o ritmo de jogo e a equipa foi-se impacientando e perdendo bolas. Os alertas vindos do banco iriam surtir efeito e ajudaram Debast a fazer as pazes com as bancadas.
Em mais uma excecional circulação de bola da equipa leonina, Gyökeres (sempre ele) foi quase à bandeirola de canto com dois defesas atrás, mas atrasou a bola para Morita, que deu um toque para o lado para Daniel Bragança, que por sua vez viu o belga aparecer bem colocado para fazer um remate do outro mundo.
Depois daquele erro defensivo na Supertaça que ajudou o FC Porto a conquistar o troféu, Debast pediu ‘perdão’ com um grande golo e tranquilizou assim os leões para o resto do encontro. Chevalier limitou-se a ver a bola entrar bem lá no cantinho… e a ouvir o bruah da maioria dos 41.024 espetadores presentes no estádio.
Depois de Gyökeres e Debast, outro novato na Champions, Geovany, ficou perto do terceiro para o Sporting, mas tirou mal as medidas à baliza e o jogo ia-se complicando nos minutos finais. Depois de passar 45 minutos a servir de vigilante, Israel quase ia do céu ao inferno num minuto.
Aos 88 minutos Rémy Cabella só não fez o 2-1 para os franceses porque o guarda-redes leonino fez uma grande defesa e emendou um erro gritante de Maxi Araújo, que entregou a bola ao adversário. E um minuto depois teve um lance menos feliz e Alexsandro meteu mesmo a bola na baliza, mas o golo foi invalidado por fora de jogo.
O Sporting amealhou assim três pontos para as contas da nova Champions.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Gerardo Santos