Portugal foi este sábado à Polónia ganhar por 3-1, somando por vitórias os três jogos da fase de grupos da Liga das Nações, estando por isso a um passo dos quartos de final.
De resto, Roberto Martínez continua a mostrar que fases de qualificação irrepreensíveis é com ele: soma 13 triunfos em 13 partidas pela Seleção Nacional, com estes três triunfos a juntarem-se aos 10 na caminhada para o Euro 2024.
A grande novidade no onze português, organizado em 4x3x3, foi Renato Veiga, que aproveitou a ausência de Gonçalo Inácio para fazer a estreia (em bom plano) como internacional A, fazendo dupla com Rúben Dias no eixo da defesa.
Portugal realizou uma primeira parte ao mais alto nível, tendo conseguido criar quatro boas ocasiões para abrir o marcador entre os 9’ e os 14’, por Diogo Dalot, Cristiano Ronaldo, Rúben Neves e numa “bomba” de Bruno Fernandes para uma extraordinária defesa de Skorupski.
Portugal jogava bem, com rápidas trocas de bola entre os seus jogadores, mas a equipa da casa também deixava alguns avisos e chegou com perigo junto da baliza de Diogo Costa por duas vezes. Até que, aos 26 minutos, Portugal chegou ao golo, num lance construído pelos três médios:
Rúben Neves lançou longo para Bruno Fernandes que de cabeça, dentro da área polaca, assistiu Bernardo Silva para um remate de primeira. De resto, os três homens do meio-campo estiveram em plano muito elevado durante todo o encontro, em noite de excelentes exibições individuais, com destaque ainda para Nuno Mendes e Rafael Leão.
Onze minutos depois do 0-1, o segundo golo surgiu com naturalidade, apontado por Cristiano Ronaldo, mas com quase todo o mérito para Rafael Leão, que arrancou antes do meio-campo, passou por quem lhe aparecia pela frente e rematou ao poste, com CR7 a recargar com êxito.
O avançado do AC Milan é isto: num minuto pode irrita os adeptos devido à indolência com que anda pelo campo, como se estivesse a jogar na praia, para logo a seguir fazer uma jogada que só está ao alcance de pouquíssimos jogadores no mundo. E vão 133 golos de CR7 em 215 internacionalizações.
Após o intervalo, Portugal continuou a dominar e os seus jogadores até se deslumbravam com tantas facilidades, como num lance em que Cristiano Ronaldo tinha tudo para fazer o 3-0, mas preferiu oferecer o golo a Bruno Fernandes que, em muito pior posição para visar a baliza, atirou por alto.
Uma má decisão que poderia ter saído cara, pois no lance seguinte, a Polónia quase chegou ao golo, depois de um falhanço de Diogo Costa, que esmurrou a face de Rúben Dias em vez de acertar na bola.
Entretanto, Rafael Leão repetiu a “gracinha” da primeira parte e passou por tudo e todos, oferecendo o golo a Bruno Fernandes, que desperdiçou a hipótese de aumentar a contagem.
Aos 63’ Roberto Martínez fez duas substituições, com Trincão e Diogo Jota a renderem Rafael Leão e Ronaldo. O ritmo era agora bem mais calmo, até porque esta terça-feira há novo jogo, na Escócia, mas nem por isso Portugal deixou de criar oportunidades, mas Skorupski estava inspirado.
Quem marcou foi a Polónia, lançando a incerteza para os minutos finais. Logo a seguir, Nélson Semedo rendeu Pedro Neto, os polacos rodeavam a área nacional, mas sem criarem perigo, até que Bednarek acabou com as dúvidas, ao fazer um autogolo, após mais uma excelente iniciativa de Nuno Mendes, o melhor em campo. E ainda houve tempo para outra estreia: Samuel Costa.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Miguel A. Lopes / Lusa