Portugal venceu este domingo a Escócia por 2-1 e somou a segunda vitória em dois jogos na fase de grupos da Liga das Nações, liderando com três pontos de avanço sobre Croácia e Polónia.
Pela primeira vez suplente na era Roberto Martínez em jogos oficiais, Cristiano Ronaldo foi lançado ao intervalo, quando a equipa perdia por 0-1, e foi ele a marcar o golo da vitória, muito perto do final.
Roberto Martínez continua 100% vitorioso em jogos de qualificação ao serviço da seleção nacional, com os dois triunfos referidos a juntarem-se às dez vitórias na caminhada rumo ao Euro 2024.
O jogo começou mal para as cores nacionais, com McTominay a inaugurar o marcador aos 7’, mas Portugal reagiu bem, com um futebol pressionante que não deixava os escoceses respirar.
Os jogadores lusos entravam com toda a facilidade pela direita, pelo meio e pela esquerda, com Rafael Leão a ser o principal desequilibrador.
Na retina ficaram duas magníficas jogadas individuais do jogador do AC Milan, a primeira concluída pelo próprio, para grande defesa de Angus Gunn e, na outra, assistiu Diogo Jota, que atirou a rasar a barra.
Bruno Fernandes começava a aparecer mais em jogo, com destaque para o espantoso passe a isolar Diogo Jota, que falhou o golo por pouco.
A seleção das quinas continuava a jogar bem, sucedendo-se os lances de perigo junto da baliza escocesa, que continuava quase miraculosamente a zero, ora devido a excelentes defesas de Angus Gunn, ora porque os remates passavam a poucos centímetros do alvo.
Em cima do intervalo, Rafael Leão voltou a meter o turbo, passando por quem lhe aparecesse pela frente e atirando muito perto do poste. 0 surpreendente 0-1 com que as duas equipas recolheram ao balneário era surpreendente, depois de 15 remates portugueses e sete claras oportunidades para marcar.
Aparentemente, pouco se podia apontar ao jogo de Portugal – a não ser, evidentemente, a falta de pontaria. Mas Roberto Martínez fez duas substituições no recomeço, com Rúben Neves e Cristiano Ronaldo a entrarem para os lugares de Palhinha e Pedro Neto.
E bastaram nove minutos para os lusos chegarem ao empate: depois de vários lances em que não se percebeu como a bola não entrou, desta vez o remate de Bruno Fernandes nem saiu especialmente bem, mas o guardião escocês deu uma (grande) ajuda. Uma prenda merecida para o médio do Manchester United, no dia do seu 30.º aniversário e do seu jogo 600 como profissional.
Numa segunda parte de pior qualidade de Portugal, que baixou muito a guarda depois do empate, houve espaço para as três primeiras aproximações perigosas escocesas (extra-golo) à baliza de Diogo Costa.
Aos 68’, João Félix e João Neves foram lançados para os lugares de Rafael Leão (muito mais apagado na segunda parte) e Bernardo Silva, que somou mais uma exibição a meio gás ao serviço de Portugal. Bruno Fernandes foi colocar-se numa estranha posição de médio/extremo direito.
Foi ainda com Dalot no lugar de Nélson Semedo que Portugal atacou o quarto de hora final, sempre em busca do 2-1, e não faltaram oportunidades para marcar o golo da vitória.
Primeiro, João Félix desperdiçou brilhante passe de calcanhar de CR7, depois, o avançado do Chelsea obrigou o guardião escocês a espantosa intervenção. E ainda houve tempo para Cristiano Ronaldo acertar no poste por duas vezes, em jogadas consecutivas.
Mas seria mesmo CR7 a dar a vitória a Portugal aos 88’, a emendar um excelente cruzamento de Nuno Mendes. E lá vão 132 golos por Portugal e 901 na carreira como profissional.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: João Sena Goulão / Lusa