Pesquisar
Close this search box.

João Neves acordou e conduziu o Benfica à vitória

O Benfica venceu este sábado em casa do Desportivo de Chaves, por 2-0, e aproveitou a derrota do FC Porto com o Estoril para passar a ter uma vantagem de três pontos sobre os dragões, tendo ainda igualado o Sporting na liderança, mas os leões ficarão de novo isolados caso somem pontos na receção de deste domingo ao Estrela da Amadora.

O resultado foi claramente melhor do que a exibição e valeu às águias João Neves, que aos 19 anos já se assume como o grande líder da equipa e teve um papel essencial nos dois golos.

Com quatro baixas devido a lesão – Bah, Bernat, Kökçü e David Neres, Roger Schmidt apresentou o mesmo onze inicial da partida com o Arouca, repetindo o esquema de três centrais – os flavienses também começaram com o mesmo esquema tático.

Logo no segundo minuto, os adeptos da casa gritaram golo, mas foi ilusão de ótica, pois o remate de Leandro Sanca bateu nas malhas laterais, num lance que parecia controlado por Trubin.

O Benfica respondeu com dois pontapés de cantos traiçoeiros de Di María, com o argentino a aproveitar o facto de o vento a favor, mas o guarda-redes Hugo Souza estava atento e desviou sem grandes dificuldades.

O Benfica, a equipar de branco, tinha mais posse de bola e destacava-se pela frente de ataque móvel, com Di María, Gonçalo Guedes (primeira vez titular nesta I Liga) e Rafa em constantes trocas de posição, que tentavam, sem sucesso, confundir os defesas locais.

O futebol dos encarnados era muito lento e previsível e os criativos estavam bem controlados pelos adversários. Já o Chaves parecia confortável com o estado das coisas, deixando o domínio para as águias, mas diga-se, completamente remetido à sua defensiva, sem ousar uma única incursão no último terço ofensivo.

Foi preciso esperar pelos 37 minutos para haver segunda (semi) oportunidade de golo do desafio – depois do lance de Sanca no início -, com Di María, na grande área flaviense, a rematar à meia volta por cima da barra.

Dois oásis no deserto de uma primeira parte muito desinteressante, sendo impressionante a inércia benfiquista, sabendo que poderia ficar com três pontos de avanço sobre o FC Porto e em igualdade (ainda que possivelmente provisória) com o Sporting.

Movidos a Neves

No recomeço, Arthur Cabral surgiu no lugar do apagado Gonçalo Guedes, com a intenção clara de Roger Schmidt de ter alguma presença na grande área contrária, depois de um primeiro tempo em que Rafa, Di María e Guedes só fizeram cócegas nos adversários.

Aos 53″ houve finalmente alguma emoção, com o Chaves perto do golo num remate de Sanca. Os flavienses, no 14.º lugar da tabela à entrada para esta jornada e, de muito longe, a equipa com mais golos sofridos na competição (agora são 28, contra 20 do Estoril, a segunda mais batida) estavam mais atrevidos, mas foi no seu melhor período que sofreram o 0-1: João Neves inventou a jogada pelo lado direito, assistiu Arthur Cabral, que desviou de carrinho, mas foi Aursnes a tocar por último na bola.

O Benfica nem conseguiu respirar de alívio, pois logo depois de a bola ir ao centro do terreno, Bruno Langa atirou do “meio da rua” à barra. Aos 71″ Casper Tengstedt entrou para o lugar de Di María, depois de uma partida muito descolorida do argentino.

E aos 76″ o Benfica beneficiou de uma grande penalidade, depois de toque de Bruno Langa na cara de João Neves, com o defesa flaviense a revelar grande imprudência.

Moreno, treinador dos flavienses, ficou furioso no banco. João Mário não se perdoou e aumentou para 0-2, tendo faturado pela terceira vez na época em curso (golos apontados nos últimos cinco jogos).

Até ao final, ainda houve tempo para o clássico golo de Peter Musa, vindo do banco, mas o lance foi anulado, por fora de jogo de Arthur Cabral.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Miguel Pereira / Global Imagens