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João Almeida entre os favoritos à Vuelta que começa em Lisboa

Arranca este sábado à tarde na Praça do Império, em Lisboa, a 79.ª edição da Volta a Espanha. É a segunda vez que uma das três principais voltas do ciclismo internacional começa em Portugal depois de em 1997 também ter terem sido dado as primeiras pedaladas na capital.

Desta vez, um dos favoritos à vitória final no dia 8 de setembro em Madrid, é português e dá pelo nome de João Almeida.

Sem a estrela Tadej Pogacar, vencedor do Giro e do Tour deste ano, e o espanhol Juan Ayuso, a UAE Emirates aposta forte no ciclista de A-dos-Francos e no britânico Adam Yates, que vão ter como principais adversários o norte-americano Sepp Kuss (Visma-Lease a Bike), vencedor de 2023, e o esloveno Primoz Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe), vencedor das Vueltas 2019, 2020 e 2021.

João Almeida, de 26 anos, tem como motivação e trunfo o facto de as três primeiras etapas serem realizadas em Portugal, pois além do contrarrelógio deste sábado entre Lisboa e Cascais (12 quilómetros), este domingo realiza-se a segunda tirada entre Cascais e Ourém (194 kms) e na segunda-feira será a 3.ª etapa entre a Lousã e Castelo Branco (191,5 kms).

A aposta da UAE Emirates no português de 26 anos irá, por isso, depender dos primeiros dias de prova, ainda que o contrarrelógio beneficie o ciclista de A-dos-Francos para ganhar vantagem sobre Yates.

Esta dupla já mostrou que é capaz dar triunfos à UAE, pois na última Volta à Suíça, o britânico venceu e o português foi segundo e ainda ganhou duas etapas.

Os principais rivais não se apresentam, no entanto, na melhor forma, algo que foi admitido esta sexta-feira por Primoz Roglic, que ainda está a recuperar das lesões que sofreu na queda no Tour, que o obrigou a desistir.

“Ainda sinto dores, sobretudo nas costas. Vou precisar de tempo, provavelmente no final da Vuelta estarei bem”, assumiu o esloveno, garantindo que está “bem o suficiente para correr”.

“Se não me sentisse bem, não viria. Não competi desde então, pelo que tenho de ver como me sinto dia após dia. Tenho de ver como será a dor. Estou otimista e espero que passe”, sublinhou Roglic. Já Sepp Kuss, vencedor da Vuelta 2023, falhou o Tour por causa da covid-19, isto numa época abaixo das expectativas.

Outro dos ciclistas a ter em conta é o equatoriano Richard Carapaz (EF Education-Easy Post) que vai tentar voltar a vencer uma grande volta, depois do Giro 2019, contando para isso com a ajuda do português Rui Costa, seu companheiro de equipa.

Entre os espanhóis, a ausência de Ayuso faz com que Carlos Rodriguez (INEOS) e Enric Mas (Movistar) – conta com Nélson Oliveira na equipa – sejam os principais candidatos a chegar a Madrid com a camisola vermelha vestida.

Numa outra linha de candidatos, é preciso ter em conta nomes como Ben O’Connor (Decathlon-AG2R), Mikel Landa (Soudal-QuickStep) e Mattias Skjelmose (Lidl-Trek).

A última grande prova de ciclismo por etapas do ano vai ter 176 ciclistas à partida para 3304 quilómetros distribuídos por 21 dias, durante os quais haverá apenas uma tirada plana, cinco serão de média montanha, oito de alta montanha e ainda dois contrarrelógios, um a começar e outro a terminar.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Marco Betorello / AFP