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Instrumentos tradicionais da Madeira nos palcos do Festival Cordas nos Açores

O Festival Cordas, que decorre de 01 a 11 de outubro, no Pico, nos Açores, apresenta pela primeira vez os instrumentos tradicionais da Madeira, na 10.ª edição do evento dedicado aos instrumentos de corda, anunciou a organização nesta segunda-feira.

De acordo com a MiratecArts, o festival anual de “músicas do mundo”, dedicado aos instrumentos de cordas, apresenta pela primeira vez os instrumentos tradicionais madeirenses, através de uma parceria entre a associação cultural MiratecArts, o Conservatório – Escola das Artes da Madeira e a associação Xarabanda.

“Criar parcerias e trabalhar em conjunto com várias entidades do nosso país sempre fez parte da associação MiratecArts”, sublinha o diretor artístico Terry Costa, citado numa nota de imprensa sobre o festival, na Madalena do Pico, que se transforma na “capital dos cordofones”.

A presença madeirense conta com os jovens alunos Daniela Luís, Francisco Jesus, Leandro Aguiar, Madalena Santos, Pedro Perestrelo, Rafael Freitas, Vasco Moniz e os professores Ricardo Mota, Roberto Moniz, Roberto Moritz e Teresa Leão, que vão subir ao palco do auditório da Madalena com a Orquestra Típica Madeirense e ainda o Quinteto Madeirense.

“Para conseguir proporcionar mais sobre a história dos cordofones no nosso país, incluindo as regiões autónomas, este tipo de parcerias tem vindo a ser conquistada nos últimos anos, e é com alegria que apresentamos na décima edição do Festival Cordas uma excelente turma madeirense”, destaca ainda Terry Costa.

Além dos concertos no auditório da Madalena, o programa inclui apresentações no Museu do Vinho do Pico, com destaque para a mostra de instrumentos tradicionais feita por Roberto Moniz e Roberto Moritz, dois nomes que têm promovido a música madeirense além-fronteiras, nos últimos anos.

O Trio de Bandolins atua na Biblioteca da Madalena e os músicos participam em sessões de partilha e aprendizagem, adianta ainda a MiratecArts.

O Conservatório – Escola das Artes da Madeira é uma instituição de ensino artístico que nasceu em 1946 como Academia de Música da Madeira e recebeu várias reestruturações durante a sua história, refere a associação açoriana.

Já a Associação Musical e Cultural Xarabanda, com mais de 40 anos de atividade, tem como principais objetivos a pesquisa e investigação da música tradicional, ensino de instrumentos musicais da tradição madeirense, ações de formação na área da música e dos instrumentos populares madeirenses e editar um cancioneiro popular de tradição oral do arquipélago da Madeira.

Iniciativa da MiratecArts, que tem a sua sede na ilha do Pico, o festival celebra o património musical ligado aos instrumentos de corda, com eventos de entrada livre.

Além da programação pela manhã nas escolas e na Igreja Matriz da Madalena, nas tardes, no Museu do Vinho do Pico, e nas noites no auditório da Madalena, será ainda possível visitar jardins com cordas e exposições na Biblioteca da Madalena, adianta a organização na sua página oficial.

A abertura em 01 de outubro, o Dia Mundial da Música, “celebra o passado, olhando para o futuro e ainda apresenta Manuel Costa, pela primeira vez em concerto na vila mais jovem da ilha montanha”, destaca a MiratecArts.

No encerramento, em 11 de outubro, o auditório da Madalena recebe várias atuações, desde a finlandesa Maija Kauhanen, com o kantele, a chinesa Lu Yanan, com Pi´pa, a brasileira Laya, a guitarra portuguesa de Marta Pereira da Costa e ainda a voz e guitarra de Joana Alegre.

Segundo a organização, o Timple das Canárias volta ao festival e, pela primeira vez, o Surshringar da Índia chega à ilha do Pico, num festival onde “não vão faltar violas de norte a sul de Portugal, da Madeira e de várias ilhas dos Açores, incluindo a picarota Mónica Goulart”.

O Dia da Viola da Terra, 100 Anos de Carlos Paredes, 100 Anos da Guitarra Tenor, 30 Anos do Cante Alentejano são outros dos destaques da programação.

Fonte e crédito da imagem:  Lusa /AO Online