O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou esta quinta-feira o aumento dos apoios ao desporto olímpico, paralímpico e surdolímpico.
Em conferência de imprensa após Conselho de Ministros dedicado ao desporto, no Centro de Alto Rendimento do Jamor, esta quinta-feira, Montenegro anunciou a alocação de verbas ao desporto, a acrescentar ao investimento de 65 milhões de euros anunciado em dezembro de 2024.
Uma verba de 30 milhões de euros para o programa olímpico, “um aumento de 30%”. Doze milhões de euros para o programa paralímpico, um aumento de 30%. E outros três milhões de euros para o programa surdolímpico, um aumento de 70%, anuncia o chefe do Executivo.
“Estas verbas serão transferidas até ao final do ano de 2025 e ficarão na esfera da disponibilidade deste ciclo para poderem ser geridas de maneira a serem potenciadas e maximizadas nos seus efeitos, para que todas as condições sejam disponibilizadas, com vista a tirarmos partido de todo o nosso talento e para as condições de base para que os nossos atletas possam expressar toda a sua capacidade naquele momento único que são as Olimpíadas”, afirma Luís Montenegro.
O primeiro-ministro, que informa ainda que foi autorizada “uma despesa de 19,3 milhões de euros para assegurar requalificação e construção de instalações desportivas”, sublinha que “não é apenas o financiamento que conta, mas sem ele a preparação não é possível”.
Seis pilares de investimento no desporto
A seguir, a ministra da Cultura, da Juventude e do Desporto, Margarida Balseiro Lopes, anunciou a disponibilização de 130 milhões de euros para o desporto, dividido em 44 medidas, sobre seis pilares estratégicos: o desporto em contexto educativo, o desporto na sociedade, o desporto na formação e no alto rendimento, as instalações desportivas, as políticas de governança no desporto e o financiamento no desporto.
“Reduzir a obesidade, em particular a obesidade infantil, fomentar a prática desportiva desde cedo e mantê-la ao longo de toda a vida e de todo o território, como fator de coesão social e territorial, reforçar a participação feminina no desporto, criar mais oportunidades para as pessoas com deficiência, valorizar o alto rendimento e aproximar o investimento nacional da média europeia”, salienta Luís Montenegro.
O primeiro-ministro considera que as decisões tomadas em Conselho de Ministros, esta quinta-feira, “não têm paralelo” na história democrática portuguesa. Uma das motivações do governo é fomentar o desenvolvimento do país, com o desporto como alavanca.
“Se é verdade que precisamos de incrementar a atividade física e desportiva, porque estamos muito abaixo da média europeia, abaixo de metade, na prática desportiva, naquilo que diz respeito à dinâmica associativa e a tudo o que tem a ver com a competição, somos capazes de estar ao nível das sociedades mais desenvolvidas”.
“A competição é um elemento importante do nosso plano. Queremos fomentar a ligação com a escola, para fomentar a prática desportiva e captar talentos, para aprimorar e levar a alta competição, que é também importante para aprimorar o desenvolvimento como país”, afirma.
Com a promoção do desporto escolar como um dos “eixos fundamentais do programa”, Montenegro refere que este plano “procura transformar o desporto num promotor de bem-estar, inclusão e competitividade”.
Fonte: www.rr.pt
Crédito da imagem: José Sena Goulão / Lusa