O novo Governo confirma que vai avançar com o processo de privatização da TAP e quer que a CP (Comboios de Portuga)l tenha concorrência na área onde atua.
As intenções constam do Programa de Governo apresentado esta quarta-feira.
Uma das metas do executivo de Luís Montenegro passa por “lançar o processo de privatização do capital social da TAP”.
O documento não refere, contudo, em que moldes ou em que calendário.
O novo titular da pasta das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, já se mostrou favorável no passado a uma privatização total.
Uma visão contrária à que tinha o anterior Governo: Pedro Nuno Santos, por exemplo, defendia, um controlo do Estado na companhia aérea.
Mas o novo Governo quer também mexer noutra menina dos olhos de Pedro Nuno Santos, a CP – da qual o antigo ministro e agora secretário-geral do PS se orgulhava, por ter feito a companhia voltar a dar lucros.
O que o novo Governo quer agora é “criar um novo modelo de exploração no transporte ferroviário de passageiros, descentralizando a gestão dos serviços de transporte de natureza eminentemente local, bem como reduzindo substancialmente as barreiras à entrada de novos concorrentes.
Lê-se mesmo que o executivo quer “promover maior concorrência do serviço ferroviário”.
O novo executivo quer um papel mais relevante da ferrovia também no transporte de carga, propondo-se a “rever a aplicação da Taxa de Uso da Infraestrutura para comboios de mercadorias, eliminando a distorção existente relativamente ao transporte rodoviário”.
Fonte e crédito da imagem: CNN / Portugal