Com apenas um remate enquadrado com a baliza para o FC Porto e nenhum para o Arsenal até aos 90 minutos, o resultado parecia caminhar para um justo 0-0, quando Galeno sacou um golo da cartola e deu o triunfo (não menos justo) aos dragões (1-0).
A vitória de hoje no Estádio do Dragão deixa tudo em aberto para o duelo da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, em Londres no dia 12 de março.
Com apenas um remate enquadrado com a baliza para o FC Porto e nenhum para o Arsenal até aos 90 minutos, o resultado parecia caminhar para um justo 0-0, quando Galeno sacou um golo da cartola e deu o triunfo (não menos justo) aos dragões (1-0).
A vitória de hoje no Estádio do Dragão deixa tudo em aberto para o duelo da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, em Londres no dia 12 de março.
A Champions tem esse mérito de tirar o melhor de um FC Porto intranquilo entre portas esta época. Galeno foi bem sucedido no objetivo de desequilibrar o Arsenal condicionando bem cedo (aos dois minutos) o jogador que normalmente lhe confere esse equilíbrio.
Calem Rice viu o cartão amarelo logo aos dois minutos depois de travar o extremo portista que fugia a toda a velocidade à defensiva dos gunners. Foi ele o principal protagonista da primeira meia hora de jogo.
Sem ter a posse de bola a equipa de Sérgio Conceição controlou o jogo pela iniciativa ofensiva eficaz os desequilíbrios. Aos 21 minutos Galeno teve uma daquelas perdidas que lhe tirarão o sono durante algum tempo.
Após uma boa jogada de Francisco Conceição pela direita, Galeno antecipou-se ao defesa adversário e rematou ao poste…. depois na recarga e com a baliza escancarada rematou ao lado! Uma dupla oportunidade perdida num lance inacreditável que levou o banco portista e as bancadas ao desespero.
Capitaneado de novo por Pepe, que sozinho tem mais jogos na Champions (119) do que todo o 11 do Arsenal e ontem passa a ser o jogador de campo mais velho (40 anos e 11 meses) a jogar na fase a eliminar da prova, o FC Porto voltou a tentar adiantar-se no marcador. O remate de Alan Varela saiu por cima da baliza de Raya.
A partida seguiu algo mastigada até ao intervalo. Evanilson arriscou uma remate, mas não mais do que isso. E do lado londrino nem uma aproximação à baliza de Diogo Costa. A marcação homem e homem exigia concentração e a defensiva portista passou na missão com distinção na primeira parte. Os cinco cantos sacados pelos gunners são prova disso.
O domínio londrino (32% contra 68% ) esbarrou a resistência portista e o segundo tempo prometia mais do mesmo, afinal Arteta e Conceição tinham de lutar com as armas que tinham e a mais valia dos gunners prometia fazer a diferença.
Jogo tático também cansa
As equipas voltaram sem alterações para o segundo tempo, que começou com o Arsenal instalado no meio campo portista. Mas cada minuto jogado era mais uma minuto passado sem qualquer oportunidade de golo. Evanilson tentou quebrar essa monotonia tática, mas o remate do avançado portista ganhou altura e saiu disparatado quando só tinha de encostar para a baliza.
Melhor a ganhar espaços no último terço do terreno, tanto Pepê como Galeno ou Francisco Conceição conseguiam chegar com facilidade à área do Arsenal, que por sua vez continuavam numa troca de bolas pouco eficaz (70% de posse de bola e 94% de eficácia no passe).
Arteta foi o primeiro a mexer, dando irreverência ao jogo londrino com Jorginho, o mais experiente na Champions do lado do Arsenal e que até já levantou o troféu no Dragão, com a camisola do Chelsea. Sérgio Conceição respondeu com vontade de ganhar, apostando em Iván Jaime, Toni Martínez e Gonçalo Borges, mas foi mesmo Galeno a decidir.
Já depois dos 90 minutos o único que tinha ficado perto do golo no primeiro tempo, acertando no poste, marcou mesmo. Um golaço que pode ajudar os dragões a seguir na Champions.
E assim, o histórico do FC Porto nos duelos com equipas inglesas nas provas da UEFA ficou menos negativo. Em 47 jogos, os portistas somam agora dez vitórias, 11 empates e 26 derrotas (41-82 em golos).
E o confronto direto com o Arsenal no Estádio do Dragão continua positivo, com três vitórias e um empate, contra três derrotas em Londres, o histórico a contrariar no dia 12 de março, no jogo da segunda mão.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Ivan del Vale / Global Imagens