Os combustíveis vão voltar a subir esta semana não só devido à evolução do preço da matéria-prima, mas também da subida do Imposto sobre os combustíveis (ISP). Com as alterações a gasolina deverá subir cerca de seis cêntimos e o gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, 1,8 cêntimos.
Assim, a partir desta segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,62 euros por litro de gasóleo simples e 1,66 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras.
Com este agravamento, é preciso recuar a 17 de outubro para encontrar uma subida maior no caso do gasóleo (9,8 cêntimos) e a 10 de outubro no caso da gasolina (12,4 cêntimos). Por outro lado, os preços da gasolina não estavam tão elevados desde 21 de novembro e do diesel desde 5 de dezembro.
O agravamento do preço do petróleo nos mercados internacionais e da valorização do euro face ao dólar traduzem-se num aumento de 5,5 cêntimos por litro da gasolina e de 0,5 cêntimos por litro de gasóleo, avançou ao ECO fonte do setor. Mas, como esta é a primeira semana de janeiro, houve uma nova revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento do preço dos combustíveis, que têm sido atualizadas no início de cada mês.
O Executivo anunciou sexta-feira a manutenção da redução dos impostos sobre os combustíveis, mas a redução do desconto do ISP é agora mais pequena em 1,3 cêntimos por litro de gasóleo e em 1,2 cêntimos por litro de gasolina, face ao mês anterior, desconto que é calculado através da aplicação do mecanismo equivalente a uma descida da taxa do IVA de 23% para 13% e do mecanismo de compensação por via de redução do ISP da receita adicional do IVA, decorrente de variações de preços dos combustíveis.
Mas por outro, da manutenção da suspensão da atualização da taxa de carbono, que “resulta num desconto adicional de 13,4 cêntimos por litro no gasóleo e de 12,2 cêntimos por litro na gasolina, face à taxa de carbono que seria fixada em 2023, com base na evolução dos preços do comércio europeu dos leilões de licenças de emissão de gases de efeito de estufa” explica o Ministério das Finanças em comunicado, na sexta-feira.
“Considerando todas as medidas em vigor, a diminuição da carga fiscal é, assim, de 35,9 cêntimos por litro de gasóleo e 32,5 cêntimos por litro de gasolina”, precisa o ministério liderado por Fernando Medina.
Fonte e crédito da imagem: CNN / Portugal