Os líderes das 20 maiores economias do mundo reúnem-se a partir desta segunda-feira no Rio de Janeiro, no Brasil, para discutir as reformas das instituições internacionais, o desenvolvimento sustentável e a transição energética e a adesão a uma aliança contra a fome e a pobreza.
O presidente brasileiro, Lula da Silva, será o anfitrião dos dois dias de debate na cimeira do G20 – no qual o grande ausente é o líder russo, Vladimir Putin, e para a qual Portugal foi convidado pela primeira vez, estando representado pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro.
Antes de seguir para o Rio de Janeiro, onde decorre a cimeira do G20, o presidente norte-americano, Joe Biden, parou em Manaus, sendo o primeiro inquilino da Casa Branca a visitar a Amazónia.
O democrata sobrevoou de helicóptero a confluência do rio Negro com o rio Amazonas, um local onde o nível das águas baixou drasticamente nos últimos anos devido à seca, e visitou o museu da Amazónia, tendo-se encontrado com líderes indígenas.
Depois, numa curta declaração, o presidente lembrou o empenho da sua Administração na luta contra as alterações climáticas, anunciando uma contribuição adicional de 50 milhões de dólares para o Fundo da Amazónia – no total os EUA comprometem-se com uma contribuição de 100 milhões de dólares.
O seu sucessor, Donald Trump, que toma posse em janeiro, considera que as alterações climáticas são uma farsa e planeia reverter parte da legislação aprovada por Biden neste âmbito.
Com a Cimeira do Clima a decorrer em simultâneo em Baku, no Azerbaijão, focada principalmente nas questões do financiamento, a expectativa é que o encontro dos líderes das 20 maiores economias mundiais possa ajudar a desbloquear o impasse.
Os países do G20 representam 85% da economia mundial e são responsáveis por três quartos das emissões de gases com efeito de estufa.
Na sua intervenção em Baku, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que também está no Rio de Janeiro, apelou ao G20 para que se envolva no financiamento de planos de transição energética para os países em desenvolvimento.
Na véspera da reunião de líderes, as organizações da sociedade civil dos diferentes países apelaram – reunidas na Cimeira Social – a que se intensifiquem os esforços na luta contra as alterações climáticas e se redobrem os esforços para erradicar a fome.
O encontro ficou marcado pelo insulto da primeira-dama brasileira, Janja da Silva, ao bilionário norte-americano Elon Musk, próximo do presidente eleito Donald Trump. “Eu não tenho medo de você, inclusive… Fuck you, Elon Musk”, disse.
Em resposta, o dono do X explicou que “eles vão perder as próximas eleições”.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Sebastião Moreira / EPA