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Francisco Conceição. O “espalha brasas” de serviço na vitória de Portugal sobre a Finlândia

Foi um jogo de laboratório e nem todas as experiências feitas por Roberto Martínez no triunfo de hoje de Portugal sobre a Finlândia (4-2) correram bem, como atestam os dois golos sofridos em cinco minutos. Francisco Conceição e Bruno Fernandes destacaram-se entre os demais no primeiro dos três jogos de preparação para o Campeonato da Europa, que arranca no dia 14, na Alemanha. O próximo encontro de Portugal é no dia 8, com a Croácia, no Estádio Nacional.

O selecionador precisava testar José Sá para saber se pode contar com ele como número 2 de Diogo Costa em alternativa ao experiente Rui Patrício no Europeu, mas quando a Finlândia chegou perto da baliza portuguesa o guarda-redes do Wolverhampton não esteve à altura e sofreu dois golos.

Já Francisco Conceição ganhou um lugar nos 26 por mérito próprio com um final de época fulgurante, mas faltava saber se está pronto para ser titular. O extremo estreou-se como titular aos 21 anos e 6 meses – o pai, Sérgio Conceição fez a estreia como titular com 22 anos e 5 meses – e foi “o espalha brasas excecional” que o selecionador esperava que ele fosse. Sofreu um penálti, fez duas assistências para golo e atirou uma bola ao poste.

Com João Palhinha sem medo de meter o pé e mostrando ser a melhor opção defensiva entre os médios à disposição de Martínez, Vitinha foi o homem das bolas paradas na ausência dos maestros principais: Bernardo Silva e Bruno Fernandes. Foi ele que marcou o canto e colocou a bola na cabeça de Rúben Dias para o 1-0 para Portugal. O defesa central foi capitão e certamente entrará no lote de capitães para o Euro2024. O selecionador já avisou que nas grandes competições não segue o critério das internacionalizações e gosta de ter cinco capitães, sendo três deles escolhidos pelo balneário e dois eleitos por ele.

Quem também passou no teste de aptidão após lesão grave foi Diogo Jota. Para marcar penáltis está mais do que capacitado. Na ausência de Cristiano Ronaldo – só se apresenta dia 7, tal como Rúben Neves – e de Bruno Fernandes – começou no banco pela primeira vez na era Roberto Martínez -, foi o avançado do Liverpool o eleito para marcar a grande penalidade que castigou uma falta (questionável) sobre Francisco Conceição no final do primeiro tempo.

O intervalo serviu para o selecionador pensar em mudar muitas peças do onze. Se os primeiros 45 minutos tinham sido de domínio verde rubro e quase sem pressão ofensiva por parte da Finlândia, a segunda parte ameaçou ser mais exuberantemente bem jogada, mas acabou com calafrios.

Meter Bruno Fernandes no jogo foi o upgrade necessário para Portugal chegar ao 3-0, na sequência de uma excelente jogada coletiva. Gonçalo Ramos deixou para Francisco Conceição, que assistiu o médio do Manchester United para um remate de primeira, fora da área. Bruno Fernandes parece talhado para jogos de quinas ao peito. Tem 22 golos e 19 assistências em 65 internacionalizações.

O golo em vez de ser o gatilho galvanizador acabou por adormecer a seleção. Teemu Pukki aproveitar para aparecer nas costas da defensiva portuguesa e fazer dois golos em cinco minutos. Se no lance do segundo golo a classe do finlandês falou mais alto no primeiro golo a defesa portuguesa fica muito mal na fotografia…

Com os finlandeses a quererem o empate, a seleção movimentou-se na procura do quarto golo e conseguiu-o mais uma vez com ajuda de Francisco Conceição, que, depois de falhar ‘um golo feito’ serviu Bruno Fernandes para o 4-2. E ainda tentou um golo em nome próprio, mas a sua intenção esbarrou no ferro da baliza. Nada que tenha impedido o camisola 26 da seleção de receber o prémio de melhor em campo e sair aplaudido do Estádio José Alvalade.

Pepe e Nélson Semedo mesmo sem estarem aptos para o encontro de ontem treinaram no Estádio José Alvalade e assistiram ao encontro no banco até o árbitro perceber que não estavam na ficha de jogo. Amanhã já devem treinar com os não utilizados no jogo de hoje, na sessão vespertina na Cidade do Futebol, depois da esperada visita do primeiro-ministro Luís Montenegro.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

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