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FMI vê défice a cair de 1,9 em 2022 para 1,4% no próximo ano em Portugal

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que Portugal feche este ano com um défice de 1,9% do PIB, em linha com o Governo, esperando uma redução em 2023 para 1,4%, em previsão divulgada esta quarta-feira.

No relatório ‘Monitor Orçamental’, o FMI revê em baixa a previsão do défice orçamental de Portugal deste ano para 1,9%, face aos 2,2% estimados em junho.

Esta previsão fica em linha com a estimativa do Governo português, que na proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), entregue no parlamento na segunda-feira, conta com um défice de 1,9% do Produto Interno Bruto (OIB).

Contudo, o FMI – que não integra ainda as medidas do Orçamento do Estado de 2023 – prevê um défice de 1,4% no próximo ano, uma revisão em alta face ao défice de 1% previsto em junho, e acima dos 0,9% previstos pelo executivo português.

O horizonte de previsões do FMI estende-se até 2027, ano em que prevê um défice orçamental de 1,2%.

O FMI está também mais otimista do que em junho sobre o rácio da dívida pública face ao PIB, prevendo uma diminuição de 127,4% em 2021 para 114,7% (quando antes estimava 115,8%), ligeiramente abaixo dos 115% previstos pelo executivo português.

No entanto, para 2023 revela-se mais pessimista, estimando um peso da dívida de 111,2% do PIB, (quando antes previa 110,7%), superior ao objetivo das Finanças de 110,8%, naquele que seria o rácio mais baixo desde os 100,2% registado em 2010.

No final do horizonte de projeção, o FMI aponta para um rácio de 97% em 2027.

O FMI estima ainda um saldo primário (sem juros) positivo de 0,1% este ano, de 0,7% em 2023, atingindo 0,9% em 2027.

A instituição melhorou esta semana ligeiramente as perspetivas de crescimento da economia portuguesa deste ano para 6,2%, mas cortou as do próximo ano para 0,7%, revelando-se mais pessimista do que o Governo, que prevê uma expansão de 1,3% em 2023.

A instituição de Bretton Woods prevê uma taxa de inflação para Portugal de 7,9% este ano e de 4,7% no próximo, o que compara com os 7,4% e 4% previstos pelo executivo português.