O FC Porto venceu o Rio Ave por 2-1, em jogo da terceira jornada da I Liga de futebol, disputado esta segunda-feira, arrancando o êxito com uma reviravolta já nos descontos, depois de uma prestação intermitente.
O vila-condense Costinha colocou a equipa da casa em vantagem, aos 53 minutos, de grande penalidade, o mesmo método utilizado por Galeno, já aos 90+1, para resgatar o empate, tendo Marcano, aos 90+4, vestido, de novo, a pele de ‘herói’ portista, fazendo o golo da vitória, tal como já tinha logrado na ronda anterior, diante do Farense.
Com este resultado, o FC Porto, com o terceiro triunfo consecutivo, continua a partilhar a liderança do campeonato com Vitória de Guimarães e Sporting, todos com nove pontos, enquanto o Rio Ave, que amealhou a segunda derrota seguida, segue em 13.º, com três.
Para este jogo, os ‘azuis e brancos’, ainda sem Sérgio Conceição no banco de suplentes, devido a castigo, apresentaram-se com o central Pepe, regressado de suspensão, como única novidade no ‘onze’, rendendo Fábio Cardoso, e tentaram, desde cedo, impor um ascendente territorial, mas sem grande consequência.
Isto porque o Rio Ave, com uma frente de ataque mais móvel, com Boateng e João Graça nos lugares de Leonardo Ruiz e Hernâni, surgiu irrepreensível no capítulo defensivo e, depois, com rotação suficiente nos ‘contragolpes’ para causar alguns ‘calafrios’ ao rival.
Assim foi logo aos nove minutos, no primeiro lance de relevo do desafio, num remate de João Graça a sair muito perto da baliza de Diogo Costa, depois de uma perda de bola comprometedora de Pepe, que Amine recuperou.
Sentindo a ameaça, o FC Porto reagiu povoando a área contrária, e ainda antes do quarto de hora chegou mesmo a introduzir a bola na baliza vila-condense, por Taremi, num lance invalidado por fora de jogo, com confirmação do VAR.
Ainda assim, os ‘dragões’ mantiveram o sinal mais e, aos 21 minutos, foi Pepê a desperdiçar a melhor oportunidade dos visitantes até então, na sequência de um contra-ataque, rematando por cima.
A partida caiu numa toada inconsequente, com os portistas a terem mais bola e domínio, mas sem conseguirem ‘ferir’ um Rio Ave que foi perdendo alguma audácia e que, até ao intervalo, conformou-se com o ‘nulo’.
No entanto, o regresso do descanso acabou por ser mais feliz para o conjunto da foz do Ave, que, já depois dos 50 minutos, ganhou uma grande penalidade, num lance em que Boateng foi derrubado por Galeno, na sequência de um desvio de Guga ao poste da baliza portista.
Na cobrança do castigo, o defesa Costinha não tremeu, inaugurando o marcador para equipa da casa, aos 52 minutos, e entregando aos ‘dragões’ a responsabilidade da reação.
Mas, o FC Porto não amarrou, no imediato, essa missão, e ainda permitiu que o conjunto vila-condense, animado pela vantagem, rondasse por mais algum tempo a baliza de Diogo Costa, voltando a ameaçar com um remate de João Graça, por cima.
Sentindo que tinham de mudar algo na postura da equipa, os responsáveis dos ‘azuis e brancos’ lançaram Namaso e Wendell em jogo, para os lugares de Toni Martínez e Zaidu, numa mexida que veio fortalecer a presença visitante no meio-campo contrário, mas com poucos efeitos práticos.
Um cabeceamento de Wendell e um remate de Namaso, os recém-entrados portistas, ainda deram alguma emoção ao jogo, mas perante um Rio Ave que, apesar de sentir muitas dificuldades para armar contra-ataques, mostrava-se bem organizado defensivamente.
Para quebrar essa coesão dos locais, os ‘dragões’ apostaram em Fran Navarro, André Franco e Gonçalo Borges, de uma só vez, para o derradeiro quarto de hora, numa mexida que surtiu efeito já perto dos 90 minutos.
Gonçalo Borges foi derrubado por Costinha na pequena área do Rio Ave, com Fábio Veríssimo, perto do lance, a assinalar uma grande penalidade que Galeno, redimindo-se do castigo máximo que tinha cometido, converteu no 1-1, já aos 90+1 minutos.
Estava assim relançado o jogo para os momentos finais e no quarto dos 10 minutos de tempo extra, os ‘dragões’ acabaram por consumar a reviravolta e pelo ‘suspeito do costume’.
Num cruzamento tenso de André Franco, o defesa central Marcano repetiu o feito da jornada anterior, frente ao Farense, ao marcar o golo da vitória portista nos descontos, naquele que foi o seu 30.º tento ao serviço do clube portista.
Desfeito animicamente com a ‘cambalhota’ no marcador em menos de três minutos, o Rio Ave não mais reagiu e ainda viu Gonçalo Borges, nos últimos instantes, quase tornar o castigo ainda mais pesado, valendo Magrão para manter o 2-1 final.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: José Coelho / LUSA