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Eutanásia. Papa critica aprovação de lei pelo parlamento português

O Papa Francisco criticou a aprovação do decreto sobre a morte medicamente assistida, considerando que o parlamento português promulgou uma lei para matar.

“Hoje estou muito triste, porque no país onde apareceu Nossa Senhora foi promulgada uma lei para matar. Mais um passo na grande lista dos países que aprovaram a eutanásia”, afirmou o Papa, no Vaticano, citado pela Agência Ecclesia.

O chefe da Igreja Católica falou de improviso, em castelhano, durante um encontro com representantes da União Mundial das Organizações Femininas Católicas no Auditório Paulo VI, no qual assinalou que este sábado se comemoram as aparições de Fátima.

“Pensando na Virgem, olhemos para Maria como modelo de mulher por excelência, que vive em plenitude um dom e uma tarefa: o dom da maternidade e a tarefa de cuidar dos seus filhos, na Igreja”, disse, citado pela Ecclesia. De cordo com a mesma fonte, o Papa afirmou ainda que Maria “ensina a gerar vida e a protegê-la sempre”.

O Papa vai estar em Portugal por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, que se realiza em Lisboa entre 1 e 6 de agosto, e tem prevista uma deslocação ao Santuário de Fátima.

O diploma sobre a morte medicamente assistida, que tinha sido vetado pelo Presidente da República, foi confirmado na última sexta-feira, com um total de 129 votos a favor, 81 votos contra e uma abstenção, resultados anunciados pelo presidente do parlamento, Augusto Santos Silva, no final da votação.

Foi a quinta vez que os deputados aprovaram um decreto sobre o tema.

O Presidente da República antecipou que irá promulgar a lei dentro do prazo de oito dias a contar da sua receção em Belém porque a Constituição que jurou defender não deixa outra alternativa.

“Eu jurei a Constituição. A Constituição obriga o Presidente a promulgar uma lei que vetou e que foi confirmada pela Assembleia da República (…) é o meu dever constitucional”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, que se recusou a comentar se a decisão do parlamento constitui uma afronta ao chefe de Estado, limitando-se a dizer que tem de cumprir a Constituição. “A Assembleia confirma, o Presidente promulga”, afirmou.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem:Fabio Frustaci / EPA