‘ET 2035’ apresentada a 18 de dezembro

O futuro do turismo português para a próxima década será apresentado no dia 18 de dezembro, avançou Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, na abertura do 50.º Congresso da APAVT, afirmando que a ‘Estratégia Turismo 2035’ responderá a três “P’s”: Posicionamento, Propósito e Pessoas.

Durante a abertura do 50.º Congresso da APAVT (Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo), realizada nesta terça-feira, que Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços (SETCS), destacou a relevância do mercado asiático, em particular, da China para o turismo em Portugal.

Dando nota da recente visita do primeiro-ministro, Luís Montenegro, à China, salientando os 390 mil hóspedes que geraram mais de 600 mil dormidas e uma receita turística estimada em 200 milhões de euros, Pedro Machado adiantou que a companhia aérea de Beijing Capital Airlines, que atualmente opera dois voos semanais, poderá, em breve, juntar um terceiro voo direto, às terças-feiras, deixando em aberto, “num futuro não muito longínquo, avaliar novas e desejáveis ligações”.

Pedro Machado destacou, igualmente, o trabalho da equipa do Turismo de Portugal na China, especialmente o trabalho que foi desenvolvido no que diz respeito aos cidadãos portadores de passaportes portugueses que deixaram de ter a necessidade da emissão de visto prévio para estadias inferiores a 30 dias e que, segundo o SETCS, “pode contribuir para uma maior ligação entre os dois países”.

Respondendo à preocupações levantadas pela presidente da APAVT, relativamente aos angariadores, Pedro Machado admitiu que se trata de um tema que “pressupõe uma atenção do Turismo de Portugal e da ASAE no que diz respeito àquela que é a defesa intransigente dos interesses dos nossos consumidores.”

Há muito esperada, a ‘Estratégia Turismo 2035’ será, por sua vez, apresentada a 18 de dezembro, frisando Pedro Machado que responderá ao que o turismo tem sido nos últimos anos: “um centro de uma previsibilidade, de consistência e de uma estabilidade absolutamente indispensável”.

Assim, referiu Pedro Machado, “não queremos por a causa aquilo que são os resultados atingidos”, esperando que “os 12 programas que serão lançados no próximo dia 18 de dezembro reforcem este encontro de vontades de todas as partes envolvidas”.

“Queremos crescer em valor, queremos crescer em capacidade, queremos ter melhor qualificação e melhor experiência de turismo, queremos mais coesão e queremos mais satisfação. Este é o triângulo virtuoso em que assenta a estratégia”, assinalou Pedro Machado, reforçando o foco na “criação de valor”.

Além disso, “temos a ambição de crescer, de alargar aquilo que é hoje a esfera de influência da Marca Portugal”, revelando o responsável pela pasta do turismo que “queremos lançar rapidamente o regulamento das carreiras dos delegados do Turismo de Portugal”, num decreto-lei que estabelece o regime jurídico aplicável ao turismo, contratação dos diretores e trabalhadores depois do desligamento com a AICEP.

O aumento do financiamento empresarial foi outro ponto destacado por Pedro Machado, frisou que este constitui, atualmente, “praticamente 1,5% do nosso PIB, em termos de garantias em medidas do Banco do Fomento” e que “poderemos chegar, até 2029, aos 5%”.

“São estes conjuntos de fatores e respostas que podem contribuir para olhar este futuro que, do meu ponto de vista, assenta numa revisão dos três P’s”, referiu Pedro Machado.

No primeiro – “Posicionamento” – o SETCS referiu que “queremos ser relevantes, queremos colocar Portugal nos 10 países mais competitivos do mundo em matéria de turismo”, focando a importância da “mobilidade, conectividade, sustentabilidade, a floresta, o território, a coesão” como atores e pilares decisivos para Portugal estar nesse ranking dos 10 países mais competitivos.

No segundo – “Propósito” – o foco foi o da “autenticidade”, enquanto no terceiro – Pessoas – Pedro Machado considerou-as “o mais importante”.

Fonte e crédito da imagem: www.publituris.pt