O Benfica venceu o Rio Ave por 4-1, recuperando a diferença de apenas 1 ponto para o líder Sporting, que na véspera tinha ganho em Chaves por 3-0.
Marcos Leonardo estreou-se de águia ao peito com um golo, num triunfo muito complicado dos encarnados, pois o Rio Ave teve fases de intenso domínio até à expulsão de Aderlan Santos, aos 58’, incluindo duas bolas ao poste da baliza de Trubin, no início do segundo tempo.
O primeiro sinal de perigo surgiu aos 6 minutos, através de grande remate de Rafa, parado pelo guarda-redes Jhonatan. Não marcaram os visitados, marcou o Rio Ave pouco depois, pelo médio Guga, com uma curiosidade: marcou pela sexta vez na I Liga… e pela quarta ao Benfica (!), não tendo festejado, por respeito ao clube onde cumpriu quase toda a formação.
Para surpresa geral, em vez de se assistir a uma reação do Benfica, era o Rio Ave que dominava a seu bel-prazer, jogando no meio-campo das águias com grande à-vontade. Aos 16’ e aos 24’ Fábio Ronaldo e Boateng obrigaram Trubin a duas boas intervenções.
Nem o habitual “relógio suíço” João Neves funcionava bem, falhando passes que não costuma falhar, e a Luz começava a impacientar-se, começando a ser audíveis muitos assobios.
Até que, de repente, aos 29’, Rafa descobriu Di María na área, que rematou com grande classe, sem hipóteses para Jhonatan. Foi o décimo golo esta temporada do argentino.
O golo não mudou a feição do jogo, com o Rio Ave a conseguir trocar a bola sem grandes problemas, face à pouca pressão exercida pelos encarnados, emergindo a classe de Guga a meio-campo.
De ressalvar a arbitragem “à inglesa” do luso-romeno Iancu Vasilica, seguindo a nova ordem que se tem visto nos relvados nacionais, certamente seguindo instruções do Conselho de Arbitragem, para que se deixe de apitar as “faltinhas” habituais em Portugal.
O Benfica só acordou no final da primeira parte, numa tentativa de chapéu de João Mário, para magnífica defesa de Jhonatan. No recomeço, continuava a haver um Rio Ave super atrevido, com a equipa orientada por Luís Freire a atirar ao poste apenas com 18 segundos decorridos, num cabeceamento de Boateng, com Trubin batido.
E aos 48’… nova bola no poste da baliza dos encarnados (!), desta vez por João Graça, depois de defesa incompleta do guardião dos encarnados. Estas duas enormes oportunidades começaram em excelentes cruzamentos de Costinha no lado direito.
Respondeu o Benfica num bom remate de Arthur Cabral aos 52’ (o seu primeiro tiro na partida), para mais uma excelente intervenção de Jhonatan.
Aos 58’ as coisas ficaram muito mais complicadas para o Rio Ave, com a expulsão do central Aderlan Santos, que viu o segundo amarelo, depois de colocar a mão à bola, com o árbitro a entender que se estava em presença de uma jogada prometedora. Para azar dos visitantes, o central era o único jogador da equipa já com amarelo.
Logo a seguir, Di María “cheirou” o golo em duas ocasiões, num livre direto e num “canto olímpico”, antes de António Silva fazer o 2-1 aos 61’, através de finalização “à ponta de lança” no interior da grande área adversária, marcando pela segunda vez na época em curso, depois de ter sido decisivo no triunfo ao cair do pano em casa do Estoril.
Logo a seguir ao 2-1, Roger Schmidt fez uma tripla substituição, com Marcos Leonardo (em estreia), Florentino e Tiago Gouveia a entrarem para os lugares de Arthur Cabral, Kökçü e Di María. Até ao final, com menos um homem, o Rio Ave foi-se naturalmente abaixo e o Benfica controlou os acontecimentos.
E ainda houve tempo para Marcos Leonardo marcar, desviando de cabeça cruzamento de Aursnes, efetuado mesmo em cima da linha de fundo. Uma estreia de sonho para o goleador que veio do Santos, com João Mário a estabelecer o 4-1 final, após passe para Rafa, que aumentou as suas assistências na época em curso para 11, nove delas na I Liga, sendo o líder nesse item.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Divulgação / Benfica