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Estrangeiros pesam 14% no crédito à habitação concedido em 2022

O peso dos estrangeiros no crédito à habitação concedido pela banca nacional aumentou. Passou de perto de 11% em 2021 para 14% em 2022, com os cidadãos brasileiros a liderarem o top dos empréstimos contratados em território nacional.

Os dados com a caracterização sociodemográfica das pessoas que contraíram crédito junto das instituições financeiras residentes em 2022 foram divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Esta análise, com base nos dados da Central de Responsabilidades de Crédito, mostra que 14% dos empréstimos para a compra de casa foram contratados por estrangeiros no ano passado, por montante contratado. Já por número de pessoas, esta percentagem ronda os 9,5%.

Já em 2021, os cidadãos de outros países representavam 10,8% dos créditos à habitação, por montante contratado, o que revela um aumento do peso dos estrangeiros nos empréstimos à habitação concedidos pelos bancos portugueses. O mesmo acontece considerando o número de pessoas, com a percentagem a rondar os 7,25%.

Os empréstimos considerados nesta análise incluem aquisição de habitação própria permanente ou secundária, crédito para construção ou realização de obras, seja numa habitação própria permanente, secundária ou para arrendamento, e crédito para aquisição de terrenos para construção de habitação.

Por nacionalidade e considerando o montante contratado, os cidadãos brasileiros representaram 20% dos créditos contratados em 2022, seguidos pelos britânicos (12%), norte-americanos (9%) e franceses (8%), numa tendência semelhante ao que se registou no ano anterior.

O regulador detalha ainda que, em Portugal, do total de crédito à habitação concedido a pessoas reformadas em 2022, metade foi concedido a pessoas com nacionalidade estrangeira (maioritariamente do Brasil e dos EUA).

Por outro lado, considerando apenas a região do Algarve, do total de crédito à habitação concedido a pessoas reformadas em 2022, 85% foi concedido a pessoas com nacionalidade estrangeira (maioritariamente originárias dos EUA, do Reino Unido e da Suécia).

Considerando o crédito total concedido no país, incluindo habitação, crédito pessoal, automóvel e cartões de crédito, o peso dos estrangeiros foi de 11,4%, com o Brasil a representar 25% dos empréstimos contratados.

Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal