À primeira vista pode parecer os clássicos fios de ovos, mas este doce algarvio é muito mais do que isso. É também a mistura de doce de ovos com miolo de amêndoa, canela e açúcar que tornam esta iguaria num desejo de muitos dos que visitam o Algarve.
Apesar de só se ter começado a comercializá-lo nos anos 30 do século passado, a origem deste doce conventual remete-nos para o século XVIII.
Diz-se ter sido no antigo Convento de Nossa Senhora do Carmo, em Lagos, que as freiras Carmelitas que lá viviam produziram o doce pela primeira vez, em homenagem ao fidalgo D. Rodrigo de Menezes, General da Praça da Guerra de Lagos.
Está assim explicado o porquê de esta iguaria ter sido batizada com o nome Dom Rodrigo. A sua comercialização iniciou-se apenas em 1935 na Casa de Doces Regionais Taquelim Gonçalves, que ainda hoje funciona.
Tal como a venda do Folar de Olhão não se restringe à sua cidade de origem, também pode provar um Dom Rodrigo em qualquer cidade ou vila do Algarve.
No entanto, é na Casa de Doces Regionais Taquelim Gonçalves que pode provar um Dom Rodrigo na sua versão tradicional.
O Dom Rodrigo é servido numa dose relativamente pequena e provavelmente terá de comer mais do que um para se sentir inteiramente satisfeito.
Contudo, em 2019, uma equipa de oito doceiras apresentou o maior Dom Rodrigo do mundo, que pesava um total de 125,4 kg. O doce foi produzido no espaço de dois dias, respeitando a “receita mais tradicional”.
Na altura, a Câmara Municipal de Lagos celebrou a certificação do recorde de maior Dom Rodrigo do mundo através da sua página de Facebook. “O maior Dom Rodrigo de Lagos do mundo tem agora a certificação de recorde alcançado no Guinness World Records“, refere a mesma publicação.
Fonte e crédito da imagem: Jornal Postal / Algarve