O Estado arrecadou 52.024,7 milhões de euros em impostos em 2022, mais 14,1% do que o índice de 2021, ultrapassando pela primeira vez os 50 mil milhões, divulgou esta sexta-feira a Direção-Geral do Orçamento (DGO).
Segundo a síntese de execução orçamental, os impostos diretos aumentaram 11,8% para 23.377,3 milhões de euros, devido sobretudo ao desempenho da receita do IRS (que subiu 8,6% face a dezembro de 2021) e do IRC que registou um acréscimo homólogo de 43,9%.
Já a receita dos impostos indiretos chegou a dezembro a atingir os 28.647,4 milhões de euros, refletindo a subida homóloga do IVA, que ascendeu a 18,8%.
No total, a receita fiscal arrecadada pelo Estado ao longo do ano passado foi de 52.024,7 milhões de euros, sendo esta a primeira vez que ultrapassa a barreira dos 50 mil milhões de euros.
Entre os impostos diretos, a receita do IRC chegou a dezembro nos 7.098,3 milhões de euros, mais 2.164,8 milhões de euros do que o valor registado em dezembro de 2021. No IRS, cuja receita ascendeu a 15.783,7 milhões de euros, o acréscimo homólogo é de 1.249,6 milhões de euros.
Do lado dos impostos indiretos, o IVA (+18,8%) e o Impostos sobre as Bebidas Alcoólicas (+22,5%) registaram as variações homólogas mais expressivas, num ano marcado por uma inflação elevada que acabou por influenciar a receita dos impostos que incidem sobre o consumo.
De todos os impostos indiretos, apenas o ISV fechou o ano a registar uma quebra homóloga da receita, caindo 617,5 milhões de euros (-18,4%) para um total de 2.746,6 milhões de euros.
Os dados hoje divulgados indicam, no entanto, que o crescimento da receita fiscal registou um abrandamento no final do ano.
A comparação da execução da receita com o previsto no Orçamento do Estado para 2022 aponta para uma variação de 6,9%.
Fonte: Jornal de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Arquivo / Jornal de Notícias – Portugal