O debate de investidura arranca esta quarta-feira, sendo expectável que o novo Governo esteja fechado até à próxima semana. Faltam ultimar os detalhes de um Executivo que contará novamente com o Sumar.
Pedro Sánchez estará a ultimar os preparativos para a formação de novo Governo, sendo expectável que este esteja pronto a meio da próxima semana, uma semana depois do arranque do debate de investidura que deve resultar na sua nomeação como chefe do Executivo. Depois dos acordos com os partidos regionais, faltam ainda definir algumas posições-chave.
A primeira grande questão, segundo o El Economista, será o papel do Sumar na coligação. A líder Yolanda Díaz deverá tomar a vice-presidência do Governo, embora com ambições de reter o Ministério do Trabalho e o da Saúde na esfera do partido, que fez da semana de trabalho de 37,5 horas uma das suas principais bandeiras.
Yolanda Díaz tomará o lugar de Nadia Calviño, que está na corrida à liderança do Banco Europeu de Investimento (BEI), uma nomeação que só será conhecida em 2024. A vice-primeira-ministra e responsável pela pasta da Economia deixa aqui outra dor de cabeça a Sánchez, que fica assim com uma posição crítica no seu Governo rodeada de incerteza.
Haverá, ainda assim, lugar a continuidade. A pasta do Tesouro não deve mudar de mãos, assim como a da Transição Ecológica, além da pasta da Agricultura. Os socialistas espanhóis deverão manter o controlo destes sectores, devendo ainda reter o Ministério da Educação e o da Defesa, centralizando assim a maioria dos ministérios neste Executivo.
Recorde-se que Pedro Sãnchez e o PSOE não foram os partidos mais votados na eleição de junho, quando o Partido Popular de Alberto Nuñéz Feijóo ganhou, mas sem maioria absoluta. Após umas longas e complexas negociações, o partido de direita foi incapaz de assegurar uma maioria estável no parlamento, levando o Rei a consultar o segundo partido mais votado, o PSOE.
Agora, e com amnistia dada aos separatistas catalães liderados por Puigdemont, Sánchez prepara-se para o quarto debate de investidura em oito anos, a arrancar esta quarta-feira.
Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal