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Em Évora, na adega para assistir a concertos e degustar vinhos

O edifício original da Adega Cartuxa na Quinta de Valbom, datado do século XVI, local onde até 2007 se produziam todos os vinhos da propriedade, incluindo o Pêra Manca, será dentro de dias o cenário de mais um EA Live Évora, evento que dá a oportunidade de assistir ao vivo a concertos de artistas de renome ao mesmo tempo que se saboreiam vinhos.

É, nas palavras de João Teixeira, diretor comercial da Adega Cartuxa, um “festival de conforto”, sem filas, sem pó, com o público sentado ao ar livre, a degustar algumas especialidades da casa.

Nos dias 12, 13, 18, 19 e 20, entre as vinhas e a Adega Cartuxa, haverá espetáculos com Os Quatro e Meia, José Cid, Miguel Araújo com o convidado especial António Zambujo, Mariza e GNR, respetivamente.

Além destes, subirão ao palco alguns artistas emergentes e, a terminar cada noite, haverá festa com DJ’s da Rádio Comercial.

Com capacidade para receber 1400 pessoas por noite, com lugares marcados, resta apenas uma data com bilhetes disponíveis: dia 13, um sábado que terá José Cid como cabeça de cartaz. Cada pessoa recebe um kit composto por copo e três vinhos EA à escolha.

Cinco dias em que vinho e música estabelecem uma relação estreita para, uma vez mais, ir ao encontro de uma das missões da Fundação Eugénio de Almeida – desenvolver a cultura – ao mesmo tempo que se promove uma das marcas da Adega Cartuxa.

“Tudo começou em 2016 com a tentativa, que se veio a confirmar como bem sucedida, de se fazer uma extensão da marca EA”, lembra João Teixeira.

Nesse ano, cinco artistas foram convidados a provar vinhos da Cartuxa e a traduzi-los em arte. Os músicos Dead Combo, a escritora Matilde Campilho, o artista plástico Pantónio, o fotógrafo Luís Mileu e a coreógrafa Né Barros criaram então aquele que viria a ser o primeiro passo para o EA Live.

Um ano depois, a iniciativa já esteve completamente focada na música, estratégia que se manteve nos anos seguintes, com incursões a outras paragens, nomeadamente ao Coliseu de Lisboa.

Veio depois a pausa obrigatória para a pandemia e, em 2021, o EA Live teve licença para juntar 600 pessoas quando as restrições ainda eram apertadas.

“Foi o único a acontecer no panorama musical num ano em que não houve festivais”, lembra João Teixeira. Hoje, o responsável comercial da Adega Cartuxa não tem dúvidas: “O EA Live é algo emblemático para a sociedade de Évora e para o Alentejo, mas já se expandiu, já ultrapassou estas fronteiras”.

À medida que o festival foi ganhando espaço no panorma musical também o vinho EA foi crescendo, com a produção a atingir atualmente cerca de dois milhões e meio de garrafas, entre as versões branco, tinto e rosé.

“Apesar de haver marcas com mais notoriedade, como o Pêra Manca, o EA é um dos mais importantes no portefólio da Adega Cartuxa, na medida em que são vinhos mais democráticos e chegam a todos os consumidores”, afirma João Teixeira, garantindo como ganha a aposta recente em aproximar esta marca, que estava “um pouco envelhecida”, de um público mais jovem. Além disso, repara, todo o lucro da EA é transformado em lucro social, revertendo para o desenvolvimento da região de Évora.

A adega onde acontece o EA Live é um dos espaços de enoturismo da Adega Cartuxa, o qual, no ano passado, registou mais de 30 mil visitas. Já este ano, passou a contar com um novo espaço de enoturismo, o Páteo Cartuxa, no Páteo de São Miguel, não muito longe do restaurante Enoteca.

Fonte e crédito da imagem: Diário de Notícias / Portugal