Estava em jogo a liderança do grupo e o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões, ambos os objetivos conseguidos pelo Barcelona à boleia do génio e do talento de dois portugueses. João Cancelo e João Félix marcaram os golos do triunfo catalão (2-1).
Sérgio Conceição tinha pedido um FC Porto a roçar a perfeição, mas esta terça-feira, em Barcelona, o desempenho da equipa ficou-se pelo bom desempenho exibicional.
A derrota adia as ambições portistas para a última jornada. Quando entraram em campo a as equipas já sabiam que tinham a companhia do Shakhtar na pior nas hipóteses. O triunfo diante do Antuérpia permitiu aos ucranianos chegar aos 9 pontos com que catalães e dragões começaram a partida da quinta jornada da fase de grupos da Champions.
Os primeiros 15 minutos foram do Barcelona. Mais bola, mais atrevimento e mais esclarecimento catalão do que vontade portista em aproveitar a velocidade de Galeno e Pepê. Em qualquer dos casos as oportunidades de golo forma quase nulas. Apenas Raphinha testou a atenção de Diogo Costa aos oito minutos.
O lance deu para o dragão abrir a pestana e fazer jogo que permitisse a Taremi ser o oportunista habitual na área e fazer a bola entrar na baliza. Foi isso que aconteceu aos 27 minutos, mas tudo não passou de uma tentativa falhada de colocar o FC Porto em vantagem. O árbitro anulou o lance por fora de jogos e tudo voltou à estaca zero… até começar a ser vibrante.
Aos 30 minutos, Pepê inaugurou o marcador para o FC Porto. Galeno voltou a obrigar Peña a uma defesa apertada, mas Pepê apareceu para a recarga. A resposta demorou dois minutos apenas. João Cancelo encarou João Mário com confiança e rematou para o empate do Barcelona, que logo depois quase virava o resultado. O outro João da equipa de Xavi, Félix apareceu em boa posição à entrada da pequena área, mas o remate saiu por cima e tudo não passou de um susto.
O jogo parecia ganhar vida própria depois da meia hora de jogo, mas o intervalo chegou mesmo com o marcador empatado, resultado do equilíbrio estatístico de ambas as equipas nos primeiros 45 minutos. Até em oportunidade de golo perdidas antes do descanso. Raphinha tentou aproveitar uma péssima saída de bola do guarda redes dos dragões, mas atirou ao lado, enquanto o remate de Alan Varela foi travado por Iñaki Peña, que assumiu a baliza catalã com alguma surpresa.
Bola no ferro a abrir…
Se o FC Porto não se intimidou com o poderio do Barcelona no primeiro tempo e até teve mais oportunidades de golos (quatro contra duas), na segunda parte João Félix bem tentou intimidar os dragões. O remate do português bateu com estrondo na barra da baliza de Diogo Costa, que ia sendo cada vez mais colocado à prova… pelos compatriotas e colegas de seleção.
Após uma boa combinação na esquerda com João Cancelo, João Félix, já no interior da área, desviou de forma certeira para a baliza e colocou o Barça em vantagem no marcador consumando assim a reviravolta no marcador.
O lateral direito português tinha defendido o jovem avançado das críticas, dizendo que se marcasse hoje voltava a ser o melhor do mundo, numa pseudo-crítica aos adeptos que vão do 8 ao 80 na adjetivação do talento do ex-Benfica. E pode ter razão.
A perder, Sérgio Conceição mexeu na equipa para tentar inverter esse cenário nos 20 minutos que faltavam jogar mas não conseguir ser incisivo o suficiente para inverter o cenário negativo. Aos 80 minutos, Pepê voltou ameaçar fazer o empate após uma perda de bola de Koundé, mas, apesar de bem servido por Taremi atrapalhou-se e não conseguiu finalizar.
Os últimos minutos de jogo foram isso mesmo… de tentativas falhadas de ambos os lados. E se para o Barcelona o apuramento para os oitavos estava garantido, para os dragões foi um adiar de objetivo. Para o conseguir terá de impedir que os ucranianos fiquem com a última vaga do grupo no dia 13 de dezembro no Dragão.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Lluis Gene / AFP