O FC Porto venceu este domingo no Algarve o Farense, por 3-1, mantendo a terceira posição na I Liga. Foi mais um recital de Evanilson, que marcou sete golos nas últimas quatro partidas oficiais, período em que os dragões marcaram 14 e obtiveram quatro triunfos, mostrando que Taremi, ausente na seleção iraniana, não está a fazer falta.
Os dragões entraram a mandar, com boas combinações ofensivas entre Evanilson e Galeno, mas aos 18’ surgiu um dos lances mais espectaculares da partida, com um fantástico remate de Elves Baldé à barra da baliza de Diogo Costa.
Seria um golaço do meio da rua do extremo de 24 anos formado no Sporting, que muito prometeu, mas nunca confirmou a sua qualidade enquanto sénior – soma apenas quatro jogos como titular na época em curso, com um golo e uma assistência.
Este lance marcou o início do que viria a ser um resto de primeiro tempo frenético e que teve um episódio caricato aos 30’, quando o árbitro João Pinheiro vislumbrou uma grande penalidade cometida por Baldé sobre Evanilson, obviamente revertida pelo VAR.
Na resposta, novo penálti, agora na área portista, e desta vez bem assinalado pelo árbitro de Leiria, por evidente braço na bola de Fábio Cardoso. Mas Matheus Oliveira atirou para as nuvens, queixando-se de um desvio da bola na marca dos 11 metros.
Na resposta, o FC Porto não perdoou, mostrando mais uma vez não ser uma equipa que precise de muitas oportunidades para marcar, com Evanilson a fazer o 0-1, exemplarmente assistido por Galeno.
Tal como nas recentes visitas a Guimarães e a Famalicão, a formação de Sérgio Conceição chegou ao golo na primeira verdadeira ocasião de que dispôs para marcar.
E, na segunda oportunidade, surgiu o 0-2, novamente aproveitando uma grande displicência da defesa algarvia, que deixou Alan Varela completamente à vontade, à entrada da área, para aplicar o seu forte pontapé, na sequência de um pontapé de canto curto. O médio argentino tomou-lhe o gosto, fazendo o seu segundo golo da época e em jornadas consecutivas.
Pela terceira vez no atual campeonato, o FC Porto recolhia aos balneários a vencer por dois golos, depois de Famalicão e de Vizela e, apesar de se poder dizer que a desvantagem era cruel para a formação de José Mota, os portistas não têm culpa do desperdício alheio e revelaram grande mérito ao aproveitar em as chances de que dispuseram.
O FC Porto voltou do descanso em força e de novo com os suspeitos do costume em ação: Evanilson entrou pelo flanco direito e fez um passe açucarado para Galeno, que falhou o desvio à boca da baliza.
Logo depois, como habitualmente, Diogo Costa apareceu quando é necessário, realizando uma excelente intervenção a remate de Elves Baldé, com resposta imediata do guarda-redes visitado, Ricardo Velho, a opôr-se a um remate de Francisco Conceição. Eles que têm sido dois dos melhores guarda-redes deste campeonato.
Aos 59’, uma falta de Alan Varela sobre Matheus Oliveira em plena área portista levou João Pinheiro a assinalar corretamente a segunda grande penalidade a favor do Farense. E, desta vez, Bruno Duarte não desperdiçou. Pouco depois, novo erro garrafal de Alan Varela na área dos azuis ebrancos, com perda de bola que poderia ter-lhe saído bem cara.
Aos 70’ o FC Porto introduziu a bola na baliza de Ricardo Velho, em finalização de classe de Pepê, mas houve fora de jogo de Galeno. Só foi preciso esperar sete minutos para o 1-3, com Evanilson a matar o jogo, chegando ao bis, assistido por Pepê, outra boa exibição no ataque portista.
E são já 18 os golos de Evanilson em 2023/24 (oito no campeonato), consolidando o estatuto de melhor artilheiro dos dragões.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Gerardo Santos / Global Imagens