Ronaldo Andrade – “¡Pesetero!” (“mercenário!”). Corria o ano de 2000, e foi desta maneira que a claque do Barcelona reagiu à transferência do médio e extremo português Luís Figo, na altura principal jogador da equipa, ídolo maior da Seleção de Portugal e um dos grandes futebolistas do mundo, para o Real Madrid, maior adversário dos culés.
O documentário ‘O Caso Figo: a transferência que mudou o futebol’, que trata a respeito desta contratação, estreou recentemente no catálogo da Netflix, mostrando os bastidores e a versão dos personagens envolvidos.
Há inúmeras versões sobre a polêmica transação, pois envolve, além da disputa entre os principais times de futebol de Espanha, aspectos como o direito e marketing desportivo, finanças – até então foi a mais cara transferência da história do futebol (60 milhões de euros) – e a rivalidade entre a região da Catalunha, que busca a independência, e o governo de Espanha.
Com o negócio, Florentino Pérez – o presidente do Real Madrid na época e também o atual mandatário – deu início no clube merengue à ‘Era dos Galácticos’, contratando os principais jogadores do mundo, como o brasileiro Ronaldo Fenômeno, o francês Zinedine Zidane e o inglês David Beckham.
Além disso, o time merengue já contava com outros grandes jogadores, como o brasileiro Roberto Carlos e o espanhol Raul, destaque da seleção de Espanha e uns dos maiores nomes da história do Real Madrid.
Ao final deste mesmo ano de 2000, Figo acabaria por ganhar a Bola de Ouro, como melhor futebolista da Europa (repetindo o feito do lendário Eusébio, em 1965) e em 2001 recebeu o prêmio da FIFA como o melhor jogador do mundo – que o madeirense Cristiano Ronaldo ganharia por cinco vezes (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017).
Ronaldo Andrade