Marcada para esta sexta-feira, a greve da Administração Pública convocada pela CGTP contará com a adesão da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), em representação dos sindicatos que a integram. Para além dos docentes, também os não docentes e funcionários escolares poderão não se apresentar ao serviço.
Em declarações ao DN, Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), antevê constrangimentos, principalmente nas escolas de pré-escolar e 1.º ciclo. “Estas greves perturbam muito mais as escolas de 1º ciclo e pré-escolar porque há menos funcionários e apenas um professor por cada turma e facilmente as escolas fecham”, explica.
“Os docentes do Continente, em comparação com os professores da Madeira e dos Açores, estão à espera há muitos anos por condições iguais. Nas regiões autónomas, os professores terão todo o seu tempo de serviço recuperado em 2025. Já os do Continente, só este ano começam a recuperar alguns dias”, explica.
São muitas as escolas que estão a informar os encarregados de educação (EE) para o possível encerramento das escolas devido à greve da Administração Pública. É o caso do Agrupamento de Escolas da Lousã que, no seu site, alerta para possíveis constrangimentos.
“Na sequência do pré-aviso de greve para o pessoal da Administração Pública, no dia 17 de maio de 2024, emitido pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, informamos a comunidade educativa que, caso não estejam reunidas as condições mínimas para o normal funcionamento, poderão ocorrer situações de ausência de componente educativa/letiva em alguns estabelecimentos de educação e ensino, podendo mesmo ser necessário encerrar alguns deles”, pode ler-se.
O agrupamento recomenda ainda aos EE, “que não deixem as crianças/alunos nos respetivos estabelecimentos de educação e ensino sem antes se certificarem de que os mesmos reúnem condições de funcionamento”.