Diogo Costa foi absolutamente decisivo no apuramento de Portugal para os quartos de final do Euro2024, fase onde na sexta-feira a seleção nacional vai medir forças com a França.
O guardião portista teve dois enormes momentos na partida com a Eslovénia: aos 115′ quando com uma defesa brutal negou o golo a Sesko, e depois o espectáculo que deu no desempate por grandes penalidades.
O guarda-redes português teve por isso direiro a um texto que lhe foi dedicado no prestigiado site The Athletic, que pertence ao The New York Times, onde Matt Pyzdrowski, antigo guardião norte-americano e agora comentador, não lhe poupou elogios, abordando os dois grandes momentos.
“A paciência, o timing e a explosão foram determinantes. A forma como ele esperou até o avançado esloveno [no lance de Sesko, aos 115′) rematar foi absolutamente perfeita. Além disso, ele cobriu os ângulos da baliza com as mãos, algo que nem todos os guarda-redes consegem. Isso deve-se à sua capacidade física e atlética e ao poder de explosão”, explicou Matt Pyzdrowski, ex-guardião ao The Athletic. “Parecia que ele sabia de forma telepática para onde o avançado ia chutar. Foi uma atuação brilhante”, acrescentou.
Matt Pyzdrowski pronunciou-se ainda sobre a postura de Diogo Costa no desempate por grandes penalidades, ao ser decisivo ao defender os três remates dos jogadores eslovenos.
“Também nos penáltis teve uma postura brilhante. Não fez nenhum movimento dramático nem utilizou técnicas de distração antes dos jogadores adversários baterem a bola. Apenas esperou pacientemente o remate e concentrou-se antes de se atirar”, analisou.
O The Athletic termina o texto a recordar um comentário feito por Iker Casillas nas redes sociais há seis anos, quando vaticinou que Diogo Costa iria ser o seu sucessor no FC Porto… mas não só. “Há uma estrela a despontar. Chama-se Diogo Costa e eu acho que vai ser um guarda-redes soberbo”. Alguém ainda duvida?
“[Defesa a Sesko quando apareceu isolado] Pensei ‘tenho de defender não é?’ Tentei dar o meu melhor, li bem o corpo dele e, graças a Deus, consegui ajudar a equipa. Foi o melhor jogo da minha vida. Foi o jogo em que mais consegui ajudar a equipa. O Ricardo [treinador de guarda-redes e antigo internacional] e toda gente passaram-me boas palavras. Motivaram-me ainda mais”, disse no final do jogo o herói português
“Segui cegamente o meu instinto. Foi o que senti no momento. Respirei fundo várias vezes e segui o meu instinto. Estou muito feliz e muito emocionado por ajudar tanto a equipa. Percebo a frustração do Cristiano [Ronaldo, por falhar um penálti]. Para nós, é um exemplo, é uma honra jogar com ele. Estamos aqui para a família, como diz o Pepe”, concluiu.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Daniel Roland / AFP