O Benfica venceu esta quarta-feira no Mónaco por 2-3 e ganhou um novo fôlego na Champions, regressando às vitórias após duas derrotas na prova.
Um triunfo que teve a marca de Di María, sempre o mais perigoso e o responsável por duas assistências brilhantes para os golos de Arthur Cabral e Amdouni já perto do final do jogo, que saltaram do banco para ajudar na reviravolta que chegou a parecer difícil de se concretizar.
Bruno Lage recorreu à melhor fórmula, apostando precisamente no mesmo onze que a 10 de outubro goleou (4-1) o FC Porto na Luz, na I Liga, com Florentino como o elemento mais recuado do meio-campo, e depois Di María e Aktürkoglu nas alas no apoio a Pavlidis.
O Benfica entrou mal no jogo, com o Mónaco a controlar as operações e a arrancar ataques com um linha por vezes de seis jogadores, um atrevimento que obrigou as águias a algumas cautelas na defesa e que pareceu ter surpreendido a ideia do treinador benfiquista para este duelo.
Mesmo assim, o primeiro remate do jogo surgiu por Di María, aos 8’, para defesa fácil de Majecki.
Os monegascos, sempre com mais posse de bola e a privilegiarem o jogo pelas alas e ataques rápidos, criaram perigo aos 10 minutos, com Ben Seghir a atirar ao lado.
O internacional marroquino, contudo, redimiu-se e abriu o marcador aos 13’, na sequência de contra-ataque em que o guardião do Benfica ainda defendeu um primeiro remate de Vanderson, mas foi incapaz de travar a recarga.
O clube da Luz, que entrou adormecido, despertou depois do golo, impôs mais velocidade, sobretudo através de ações de Aktürkoglu e Di María (grande exibição), e começou a colocar a defesa monegasca em apuros.
Aos 32’, um remate de Carreras bateu em Singo e acabou quase dentro das redes do Mónaco. Cinco minutos, Di María só com Majecki à frente permitiu a defesa do guardião monegasco, que voltou a travar o golo do empate pouco depois, num lance de Aktürkoglu. Pela boa reação, o Benfica fez por merecer o golo da igualdade ao intervalo, terminando a primeira parte com mais remates (10 contra 6).
O início da segunda parte foi frenético. Embolo começou por atirar uma bola ao poste depois de ganhar um lance a Otamendi na área benfiquista, e logo a seguir Pavlidis fez o empate, aproveitando uma autêntico brinde de Caio Henrique, num lance caricato. Nos minutos seguintes, o VAR anulou um golo a cada equipa, ambos por fora de jogo (primeiro a Akliouche e depois a Bah).
Aos 58’, Singo foi expulso por acumulação de amarelos, o que abriu mais espaços para o Benfica poder chegar ao segundo golo. Lage sentiu que era altura para mexer e aos 66’ lançou Amdouni e Arthur Cabral para os lugares de Florentino e Pavlidis. Mas, contra todas as expectativas, foi o Mónaco que se colocou novamente em vantagem aos 67’ por Magassa.
O Benfica, estranhamente, passou a jogar algo intranquilo e foi incapaz de tirar partido da vantagem numérica, com o Mónaco até a ameaçar o terceiro golo.
A reviravolta, porém, chegou já nos minutos finais, através da classe de Di María e de dois jogadores saídos do banco, com o argentino a fazer duas assistências brilhantes (leva 40 na Champions e está a apenas uma do recorde de Ronaldo) para Arthur Cabral e Amdouni cabecearem para o fundo das redes.
Um triunfo importante que coloca o Benfica no 14.º lugar, com nove pontos, ou seja, numa zona à partida confortável rumo ao apuramento via play off.
Fonte; Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Sebastian Nogier / EPA