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Derrota com Olympiacos deixa FC Porto com Liga Europa em risco

Um remate à baliza, zero golos marcados e um golo sofrido resultaram numa derrota (a quarta consecutiva) frente ao Olympiacos (1-0). O desaire sofrido no Estádio do Dragão compromete as aspirações europeias do FC Porto, que há 60 anos não registava quatro derrotas consecutivas.

Os dragões mostraram ser uma equipa sem rei nem rumo, que está a vulgarizar até aquele que há época e meia estava na lista dos melhores dez guarda-redes a nível mundial. Diogo Costa já sofreu 26 (!) golos esta época.

Já Samu esteve 81 minutos em campo sem estar verdadeiramente em campo e no próximo jogo irá ver a partida com o Santa Clara, na bancada, uma vez que o Conselho de Disciplina lhe aplicou um jogo de castigo, na sequência da expulsão diante do Gil Vicente.

No primeiro jogo após a saída do treinador Vítor Bruno, o FC Porto entrou em campo sabendo que ainda podia terminar esta fase regular da Liga Europa nos oito primeiros e assim apurar-se diretamente para os oitavos-de-final da prova. Mas, para cumprir esse objetivo, tinha de vencer os dois jogos que faltavam, a começar pelo duelo de ontem com Olympiakos.

O que acabou por não acontecer, ficando assim sem hipóteses de lutar pelo apuramento direto para os oitavos. Para seguir na Liga Europa, só via play-off. Na oitava e derradeira jornada (dia 30 de janeiro) visitam o Maccabi Telavive.

Com José Tavares ao leme, enquanto Anselmi não chega ao Dragão, o FC Porto apresentou-se com Pepê diante do Olympiacos. O brasileiro tinha sido afastado por Vítor Bruno, que acabou despedido, na passada segunda-feira, depois de mais uma derrota, e voltou ontem à titularidade, tal como João Mário. Juntos deram à ala direita mais fulgor que Francisco Moura e Galeno no lado esquerdo. Faltou a bola chegar até Samu…

Sem qualquer remate à baliza na primeira meia hora de jogo, o Olympiakos também só incomodou Diogo Costa aos 29 minutos. A jogar na expectativa e à procura de espaços para criar perigo em contra-ataque, os gregos viram o árbitro anular-lhes um golo.

Sem polémica, de tão flagrante ser o adiantamento de Kaabi na hora de receber a bola, o jogo seguiu pouco atrativo e com emoção abaixo de zero. Faltava construir e dar seguimento à construção. As jogadas morriam nas alas ou terminavam em cruzamentos sem dono. Só de bola parada os portistas ameaçaram pela primeira (e única) vez a baliza de Kostas Tzolakis… aos 41 minutos.

Empate de mau prenúncio

Ainda antes do intervalo, Christos Mouzakitis testou a atenção de Diogo Costa, que manteve o 0-0 no marcador. Chegar ao descanso empatado não era um bom indicador para o FC Porto, que, num cenário igual, nas três partidas anteriores, acabou por perder. E o segundo tempo iria fazer aumentar essa estatística.

O regresso ao relvado para o segundo tempo foi pouco motivador e seria assim até ao fim. Sem rasgos de génio, as substituições feitas não surtiram efeito coletivo ou individual. José Tavares tão pouco conseguiu mexer com a cabeça dos jogadores e ainda foi traído por um dos que lançou já em desespero.

Aos 80 minutos, uma gigantesca e insólita descoordenação defensiva – um bloqueio mútuo entre Nehuen Pérez e Zé Pedro – resultou no golo do Olympiacos. Kaabi adiantou os gregos, que assim iriam sair vitoriosos do Dragão, que ainda assistiu a uma perdida de Fábio Vieira. Há ano e meio que o FC Porto não terminava uma partida em casa sem marcar qualquer golo.

Venha quem vier a seguir tem muito trabalho, físico, mental e técnico, a fazer para reabilitar um dragão em crise.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem:  Diogo Cardoso / Getty Images