O Banco de Portugal divulgou a nota de informação estatística de setembro de 2022 sobre empréstimos e depósitos bancários.
No fim de setembro, por cada 100 euros de depósitos de particulares, os bancos tinham concedido 71 euros de crédito a particulares, revela o supervisor da banca. O rácio de empréstimos sobre depósitos de particulares foi assim de 71%. Este indicador atingiu o seu valor máximo em maio de 2007 (129%) e, desde maio de 2013, que se situa abaixo de 100%, segundo o BdP.
Uma análise para a área euro mostra que apenas três países — Países Baixos, Eslováquia e Finlândia — têm este rácio acima dos 100%, e que o valor para Portugal é muito próximo da média da área euro, constata o banco central.
No final do mês passado, o montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas era de 76,6 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 1,4% em relação a setembro de 2021. No mês anterior, o crescimento tinha sido de 1,5%.
Já no que toca aos particulares (famílias) no final de setembro de 2022, o montante total de empréstimos para habitação era de 100 mil milhões de euros, mais 0,2 mil milhões de euros do que no final de agosto. Sendo que o montante de crédito à habitação não ultrapassava os 100 mil milhões de euros desde junho de 2015. Esta evolução representa um crescimento de 4,4% em relação a setembro de 2021, desacelerando pelo segundo mês consecutivo.
O crédito ao consumo totalizava 20,7 mil milhões de euros, mais 0,2 mil milhões de euros do que em agosto, o que reflete um crescimento de 6,3% relativamente a setembro de 2021 (5,9% no mês anterior).
No que se refere aos depósitos, os dados mostram que no fim de setembro, os depósitos de particulares nos bancos residentes totalizavam 181,3 mil milhões de euros e os das empresas 64,3 mil milhões de euros.
Os depósitos de particulares reduziram-se 0,1 mil milhões de euros relativamente a agosto, mas cresceram 6,9% em relação a setembro de 2021.
Já os depósitos das empresas decresceram 0,5 mil milhões de euros por comparação com o mês anterior, tendo crescido 9,3% relativamente a setembro de 2021, o que representa uma desaceleração pelo sexto mês consecutivo.
Fonte e crédito da imagem: Jornal Económico / Portugal