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Costa segura ministra da Agricultura e garante Governo “coeso”

O primeiro-ministro garantiu, com um lacónico “sim”, que continua a confiar na ministra da Agricultura. Esta sexta-feira, em Braga, António Costa também reconheceu que tem havido “problemas” no Governo, mas afirmou que estes “se revolvem”.

Assegurando que o Executivo nunca deixou de estar “coeso”, frisou que o mais importante não são as demissões, mas sim a resolução dos problemas do país.

Questionado sobre se mantém a confiança política na ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, Costa respondeu apenas: “Sim”. A governante tem estado debaixo de fogo por ter nomeado Carla Alves como sua secretária de Estado, apesar de esta ter as contas bancárias arrestadas.

“O Governo tem problemas e os problemas resolvem-se”, afirmou Costa. À semelhança do que tem feito nos últimos dias, defendeu que o “problema principal” do país não é a composição do Governo mas sim a “carestia de vida”, pelo que é nele que o Executivo tem de estar “focado”.

O primeiro-ministro também assegurou que o Governo nunca deixou de estar “coeso”, sublinhando que as recentes remodelações não se deveram a isso mas sim a “problemas políticos”, entre outros. “Não há um problema de coesão. Por isso, o essencial – a estabilidade das políticas – tem sido assegurado”, insistiu.

Sobre o facto de, na véspera, o presidente da República ter aberto a porta à demissão de Carla Alves – caminho que a própria seguiria, por iniciativa própria, logo depois -, Costa desdramatizou, dizendo que Marcelo Rebelo de Sousa “exprime aquilo que bem entende”.

Ainda assim, fez questão de fazer uma observação: apesar da “avaliação política” feita pelo presidente sobre esse caso, “também é público” que Carla Alves “não foi objeto de nenhuma acusação judicial”.

“Quando foi questionada, através do meu gabinete, em relação às suas contas, disse que era titular de uma conta conjunta [com o marido, acusado num processo judicial] e que tinha declarado tudo o que tinha a declarar às Finanças”. E teria Carla Alves limitações políticas, tal como disse Marcelo? “Ela própria entendeu” que devia sair, limitou-se Costa a dizer.

Fonte: Jornal de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: António Pedro Santos / LUSA