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COP-28: Angola espera que promessas de financiamento sejam cumpridas

Angola espera que as promessas de financiamento para combater as alterações climáticas sejam cumpridas, para que os países possam alavancar as suas ações e planos de adaptação, disse a ministra do Ambiente.

Ana Paula de Carvalho falava à agência Lusa sobre as expetativas à volta da Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP-28), que se realiza no dia 30 deste mês no Dubai, disse que Angola tem já aprovada a Estratégia Nacional das Alterações Climáticas (ENAC 2022-2035), que será apresentada durante a COP-28.

“Esperamos que as promessas sejam cumpridas, primeiramente, as promessas de financiamentos para que possamos alavancar muito mais aquilo que são as ações que temos em curso e também os planos de adaptação e outros”, disse a ministra.

A governante angolana sublinhou que esta estratégia é a base para as ações, que têm sempre como ponto de partida um diploma que estabelece as balizas.

A ministra do Ambiente de Angola disse ainda que o Governo vai elaborar um Plano Nacional de Adaptação, processo já em curso, com ações direcionadas para a adaptação às alterações climáticas.

“É muito transversal, abrange vários ministérios, cada um com a sua ação, de formas a diminuirmos a contaminação de gases com efeito estufa”, acrescentou.

Sobre os efeitos das alterações climáticas em Angola, Ana Paula de Carvalho disse que a seca no sul do país é o principal rosto desse problema, lembrando que África é o continente que menos polui, mas é um dos mais afetados.

“É visível a questão da seca no sul de Angola é um efeito das alterações climáticas”, salientou, lembrando que Angola, tal como o restante continente africano, não está entre os países mais industrializados.

“Então não somos os que mais poluímos, mas já sofremos, já vivemos na pele este fenómeno”, observou.

Na COP-28, Angola vai aderir a uma iniciativa para utilização do metano e apresentar um projeto do hidrogénio verde, contando igualmente com um pavilhão de 72 metros quadrados.

Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal