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Construção dispara com simplex do licenciamento e confiança na economia; maior alta no Alentejo

A entrada em vigor do regime simplificado do licenciamento e a descida da inflação, que foi acompanhada pela queda das taxas de juro, foram uma alavanca para o crescimento do setor da construção no terceiro trimestre deste ano, com a maior alta registada na região do Alentejo.

Nestes três meses, foram licenciados 6500 edifícios, um aumento de 18,5% face ao mesmo período de 2023, revelou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Deste total, 75% são construções novas, 81,4% dos quais têm como destino habitação familiar.

O licenciamento de edifícios para construções novas apresentou um aumento homólogo de 19%, enquanto a atividade da reabilitação registou um crescimento de 17,4%. No segmento de habitação familiar, o número de fogos licenciados em construções novas cresceu 11,6% no terceiro trimestre de 2024.

No período entre julho e setembro, foram aprovados cerca de 8800 fogos em construções novas para habitação familiar, um acréscimo homólogo de 11,6%. De acordo com o INE, as regiões do Algarve e da Grande Lisboa foram as únicas a apresentar variações negativas neste indicador, com decréscimos de 8,5% e 7%, respetivamente.

Alentejo com forte crescimento

As restantes regiões apresentaram aumentos significativos, especialmente o Alentejo (+122,4%), a Península de Setúbal (+77,7%) e a Região Autónoma da Madeira (+67,8%). No Alentejo, o crescimento de fogos licenciados deveu-se, em grande parte, à aprovação da construção de novas casas no município de Alcácer do Sal.

O Norte destacou-se em todos os indicadores, com a região a responder por 37,9% dos edifícios licenciados, 37,9% das construções novas, 37% dos edifícios destinados à reabilitação e 43,3% dos
fogos licenciados em construções novas para habitação familiar.

No que respeita a obras concluídas, o INE estima que tenham sido dados como prontos cerca de 4000 edifícios em Portugal, incluindo construções novas, ampliações, alterações e reconstruções. Este número representa uma diminuição de 6,7% face ao terceiro trimestre de 2023.

As construções novas mantiveram-se predominantes, representando 82,9% do total de edifícios concluídos, dos quais 80,9% se destinaram a habitação familiar.

No período do verão, foram concluídos cerca de 5900 fogos em construções novas para habitação familiar, um decréscimo de 1,3% em comparação com o mesmo período de 2023. Apenas a Região Autónoma dos Açores (+43,0%), o Centro (+16,2%), a Grande Lisboa (+9,8%) e o Norte (+5,6%) apresentaram aumentos neste indicador.

Fonte e crédito da imagem: Diário de Notícias / Portugal