Marcelo Rebelo de Sousa marcou oficialmente 18 de janeiro de 2026 a realização das eleições presidenciais em Portugal.
A decisão foi publicada no Diário da República e confirmada no site oficial da Presidência da República. O Presidente da República já tinha dito vários vezes que estava inclinado para marcar as eleições presidenciais para esta data.
“Nos termos previstos na Constituição e na Lei Eleitoral, o Presidente da República assinou o Decreto que fixa as eleições presidencias no domingo,18 de janeiro de 2026, o qual seguiu para publicação no Diário da República, ” lê-se na nota.
A decisão foi comunicada ao país no dia 30 de outubro.
A marcação da data cumpre os prazos constitucionais e legais, garantindo a normalidade do processo eleitoral e a possibilidade de realização de uma eventual segunda volta, caso nenhum dos candidatos obtenha mais de 50% dos votos no dia da primeira volta.
O período oficial de candidaturas será definido nos termos legais, permitindo a apresentação de listas e validação junto da Constituição e da Lei Eleitoral.
Segundo o Diário da República, o chefe de Estado “marca a data das eleições dos deputados à Assembleia da República com a antecedência mínima de 60 dias ou, em caso de dissolução, com a antecedência mínima de 55 dias”.
Marcelo explicou que a escolha da data visa evitar que o prazo final para apresentação de candidaturas coincida com o período do Natal e que uma eventual segunda volta recaia no domingo de Carnaval, situação que ocorreria se as eleições se realizassem a 25 de janeiro, data que tinha considerado no início do ano.
Com as eleições presidenciais agendadas para 18 de janeiro, a segunda volta está prevista para 8 de fevereiro, cumprindo a lei que determina que esta se realiza três semanas depois, caso nenhum candidato obtenha mais de 50% dos votos válidos, excluindo os votos em branco.
Segundo a legislação, a segunda volta ocorre “no 21º dia posterior ao primeiro”, entre os dois candidatos mais votados.
Quem são os candidatos à presidência confirmados?
Apresentamos os candidatos oficialmente confirmados para as eleições presidenciais de 18 de janeiro de 2026. A lista inclui figuras de diferentes áreas políticas, militares e independentes.
André Ventura

Na corrida às presidenciais de 2026, Ventura formalizou a candidatura ao cargo de Presidente da República, depois de ter ficado em terceiro lugar nas eleições de 2021 com cerca de 11,9 % dos votos.
Henrique Gouveia e Melo

Gouveia e Melo ganhou grande visibilidade nacional ao liderar, em 2021, a Task Force para o plano de vacinação contra a Covid‑19 em Portugal, missão na qual utilizou o seu perfil militar de comando e logística para organizar uma das campanhas de imunização mais rápidas da Europa.
Luís Marques Mendes

Mais tarde, Marques Mendes foi presidente do Partido Social Democrata (PSD), entre abril de 2005 e outubro de 2007. Fora da política ativa, tem desenvolvido atividade como advogado e comentador político, e assumiu papéis de consultoria estratégica em instituições privadas.
António José Seguro

Iniciou a carreira política jovem, integrando as juventudes socialistas e assumindo cargos governativos como secretário de Estado da Juventude e ministro‑adjunto do primeiro‑ministro no governo de António Guterres.
Mais tarde, foi deputado no Parlamento Europeu (1999‑2001) e em 2011 tornou‑se secretário‑geral do Partido Socialista (PS), cargo que exerceu até 2014.
António Filipe

Deputado desde 1989 pelo Partido Comunista Português nas listas da CDU, António Filipe exerceu funções de relevo como vice-presidente da Assembleia da República em várias legislaturas (IX, X, XII e XIV) e desempenhou também atividade docente universitária, tendo publicado diversos estudos sobre direito constitucional, autarquias e ciência política.
Catarina Martins

Em 2009, foi eleita deputada à Assembleia da República pelo distrito do Porto nas listas do Bloco de Esquerda (BE) e, em novembro de 2012, assumiu a liderança do partido, função que exerceu até maio de 2023. Posteriormente, em 2024, Catarina Martins foi eleita para o Parlamento Europeu, marcando a transição para o plano europeu.
João Cotrim de Figueiredo

Antes de entrar para a política, desenvolveu uma carreira empresarial e de gestão, tendo exercido funções de administração em empresas como a Compal e a Nutricafés, e mais tarde foi dirigente na televisão e no setor do turismo.
Na esfera política, Cotrim de Figueiredo integrou o partido Iniciativa Liberal, tendo sido eleito deputado à Assembleia da República em 2019 e reeleito em 2022.
Em 2024, tornou-se eurodeputado pelo mesmo partido, integrando o grupo Renew Europe, onde assume papel de vice-presidente.
Jorge Pinto

Desde cedo envolvido no ativismo ecológico e no pensamento filosófico sobre sustentabilidade, foi um dos fundadores do partido LIVRE e integra-o desde 2014, tendo exercido funções no Grupo de Contacto e na Assembleia do partido.
Como deputado da Assembleia da República pelo círculo do Porto, Jorge Pinto aposta numa plataforma que une ecologia, liberdade e justiça social, defendendo modelos de desenvolvimento alternativos à economia tradicional.
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