Confederação do Turismo pede “medidas urgentes” do MAI sobre caos no aeroporto de Lisboa

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) assume preocupação com os atrasos registados no aeroporto Humberto Delgado em Lisboa, nas últimas semanas provocado pelo novo sistema europeu de controlo de fronteiras para cidadãos extracomunitários.

“Esta situação não pode continuar!!! O Governo, através da Ministra da Administração Interna tem de tomar medidas urgentes para evitar que o País venha a perder competitividade internacional numa das atividades que é um dos mais importantes motores da economia portuguesa”, afirma em comunicado, Francisco Calheiros, presidente da CTP.

De resto, a entidade diz que está agendada uma reunião com a Ministra da Administração Interna para exigir esclarecimentos sobre uma situação que tem vindo “a afetar a imagem externa do turismo nacional e do país” nas últimas semanas.

A gestora aeroportuária ANA defendeu nas últimas semanas que o desafio técnico do novo sistema de controlo nas fronteiras não pode pôr em segundo plano a garantia de um tempo máximo de espera e apontou problemas nos sistemas RAPID.

“O desafio técnico e de coordenação dessa evolução não pode, entretanto, deixar num segundo plano a necessidade para essas entidades de garantir aos passageiros um tempo máximo de espera nas fronteiras, à semelhança dos níveis de serviço exigidos para os processos sob responsabilidade da ANA”, apontou, em resposta à Lusa.

A PSP reconheceu que o dia 12 de outubro foi “crítico” no aeroporto de Lisboa, com os passageiros fora da União Europeia (UE) a esperarem mais de 90 minutos nas partidas e chegadas devido ao novo sistema de controlo.

Desde esse dia que está em funcionamento em Portugal e restantes países do espaço Schengen o novo sistema europeu de controlo de fronteiras para cidadãos extracomunitários em que as entradas e saídas de viajantes de países terceiros passam a ser registadas eletronicamente, com indicação da data, hora e posto de fronteira, substituindo os tradicionais carimbos nos passaportes.

Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal