Era uma vez um menino de uma cidadezinha americana em nenhures que viria a ser presidente dos EUA: essa é a história de Ronald Reagan
O diretor Sean McNamara faz o chamado endorsement ao legado de Ronnie e assume o biopic hagiográfico em toda a essência. Mostra-se o homem, mas sobretudo o líder.
No meio disso, retrato de uma América dos anos 1980, entre a explosão da economia e a profusão do orgulho do capitalismo.
Um certo heroísmo americano
Um anti-comunista assumido, que fica para a História por ter encetado um diálogo pacifista com a União Soviética e ter sido o responsável pela sua queda.
A tese deste argumento é que o cowboy Reagan foi referenciado por um espião do Kremlin desde os tempos de Hollywood quando foi líder sindical dos atores. Um espião que, agora retirado, conta a um futuro líder russo toda a vida de Reagan.
Uma vida marcada por ter sido baleado à saída de um hotel, se ter divorciado e conhecido a fiel atriz Nancy e se ter reinventado perante o fracasso como ator de série B.
Dennis Quaid o compõe de maneira respeitosa. Ele e Penelope Ann Miller, como Nancy Reagan, dão a dignidade ao projeto. ‘Reagan’ cumpre na sua desenvoltura narrativa, com um ou outro flashback a tresandar a lugar comum, mas, aqui e ali, com um humor funcional, em especial na forma como o presidente reagia às mortes sucessivas dos seus homólogos soviéticos.
O seu sucesso interessante nas bilheteiras faz lembrar que há um novo público alvo para os executivos de Hollywood.
Fonte e crédito da imagem: Diário de Notícias / Portugal