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Cidadãos de seis países da UE favoráveis à adesão da Ucrânia, mas reconhecem riscos

A maioria dos cidadãos de seis Estados-membros da União Europeia (UE) é favorável à adesão ucraniana ao bloco dos 27, reconhecendo que há riscos associados, mas há uma oposição veemente à integração da Turquia, segundo uma sondagem divulgada hoje.

De acordo com uma sondagem feita pelo Conselho Europeu para as Relações Internacionais, há um apoio generalizado à adesão da Ucrânia à UE, com a Dinamarca a liderar essa intenção (50% dos inquiridos são favoráveis à integração), seguida pela Polónia (47%). Na Alemanha, 37% dos inquiridos são favoráveis à integração de Kiev no bloco comunitário.

Contudo, há receio de que o alargamento à crânia acarrete riscos de segurança para os atuais Estados-membros, mais do que admissão, por exemplo, dos países dos Balcãs Ocidentais, com 45% dos inquiridos a reconhecerem que a adesão da Ucrânia terá “consequências negativas”, contra 25% que consideram que seria positivo para a aliança da qual Portugal faz parte.

Também há receios de que o alargamento da UE tenha influência no “poder político” do bloco político-económico no mundo. Neste campo, a Polónia e a Dinamarca são os mais otimistas, com 43% e 35%, respetivamente, dos inquiridos a considerarem que seja positivo para a UE enquanto potência política e diplomática.

Mas na Áustria e na Alemanha o ceticismo é maior, 42% e 32%, respetivamente, consideram que nada de positivo viria da integração, nesta altura.

É mais consensual entre os inquiridos a dúvida sobre quando deveria concretizar-se o alargamento, por exemplo, à Ucrânia ou Moldova.

Mas 51% da totalidade dos inquiridos é contra a possibilidade de a Turquia fazer parte da UE. O mesmo não se verifica quando o cenário de adesão é apresentado para a Albânia, Bósnia-Herzegovina, Kosovo, Geórgia, Montenegro, Macedónia do Norte e Sérvia.

A sondagem do Conselho Europeu para as Relações Internacionais foi feita por questionário online, entre 07 e 19 de novembro, a cidadãos europeus com mais de 18 anos, em seis Estados-membros: Áustria, Dinamarca, França, Alemanha, Polónia e Roménia, um total de 6.153 inquiridos.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: François Walschaerts / AFP