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Champions. Duplo golpe de génio nem deixou Benfica sonhar com o apuramento em Barcelona

E pensar que Lamine Yamal só tem 17 anos, sete meses, 26 dias! Dois golpes de génio do extremo catalão acabaram com as possibilidades do Benfica pensar em eliminar o Barcelona, que foi claramente superior.

Yamal esteve infernal e marcou um golaço, além de assistir Raphinha, que por sua vez marcou dois golos e fez uma assistência.

Raphinha, “o falso magro, que tem a fibra toda” e pode “ser candidato à Bola de Ouro”, segundo disse o seu treinador Hansi Flick na véspera do jogo, mostrou logo aos 11 minutos que também se alimenta de golos.

O brasileiro foi letal a aparecer no sítio certo e na hora certa para dar o melhor seguimento a uma grande jogada de Yamal, que ainda sentou Florentino Luís, de regresso ao onze do Benfica após lesão.

A resposta do Benfica foi imediata e foi o capitão a dar o exemplo. Otamendi fez o empate com um golpe de cabeça e manteve os encarnados na luta pelo apuramento. Tudo começou num canto de Schjelderup, com um desvio de Lewandowski para o internacional argentino que apareceu no coração da área a fazer o golo 500 do Benfica na Champions.

Há sete anos que Otamendi não faturava na prova e tornou-se no jogador mais velho do Benfica a marcar nas competições europeias. Pormenores que se tornariam irrelevantes face à eliminação do Benfica.

Aos 15 minutos o encontro parou durante alguns instantes para uma pausa de hidratação relacionada com o Ramadão e o jogo perdeu algum fulgor, mas não por muito tempo.

É que o talento de Yamal estava à espreita de uma oportunidade e tornou-se letal e bonito de ver aos 27 minutos, quando o jovem catalão tirou um adversário da frente, puxou a bola para o meio e rematou em arco para fazer o 2-1.

O voo de Trubin foi inglório perante a mestria do remate do mais jovem de sempre a marcar e assistir na Champions, que deu assim o melhor seguimento a um passe de Raphinha.

O internacional brasileiro bisou mesmo antes do intervalo, apontando o 11.º golo nesta edição da Liga dos Campeões, passando a ser o melhor marcador. Na história do Barcelona nesta competição, apenas Lionel Messi (14 golos e cinco assistências em 2011-12) teve mais envolvimento em golos do que Raphinha numa única época, contabilizando ainda cinco assistências.

Com o médio Pedri no comando, o Barcelona demonstrou toda superioridade e foi para o intervalo com dois golos de vantagem no jogo e três na eliminatória, uma vez que tinha vencido em Lisboa, na primeira mão, por 1-0. Se a tarefa do Benfica era difícil no início da partida no Olímpico de Montjuic, pior ficou nos primeiros 45 minutos.

No início do segundo tempo, os cerca de 2500 adeptos benfiquistas presentes no estádio ainda gritaram golo, mas o árbitro tinha apitado um fora de jogo de Pavlidis, antes de Aursnes marcar.

Bruno Lage mexeu depois na equipa e lançou Amdouni – rendeu Aktürkoglu que pouco se viu no jogo – e Renato Sanches, mas o Barça mostrou que a gestão do tempo e da posse de bola também pode ser uma arte bastante produtiva por sinal, uma vez que estava em jogo um prémio de 12, 5 milhões de euros pelo apuramento para os quartos de final.

A equipa portuguesa acabou o jogo a ouvir “olés” catalães no jogo menos conseguido do Benfica dos últimos anos frente ao Barça, que assim festejou a vitória 200 na Liga dos Campeões.

Os benfiquistas deixam as competições europeias ao fim de 12 jogos (5 vitórias, 5 derrotas e dois empates) e cerca de 74 milhões de euros encaixados.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Enric Fontcuberta / EPA