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Casa da Música elegeu novo conselho de administração para o triénio 2024-2026

O novo conselho de administração da Casa da Música, no Porto, foi esta quarta-feira eleito para um mandato de três anos, revelou à Lusa o presidente do Conselho de Fundadores, Luís Campos Ferreira.

Além de Isabel Furtado, diretora executiva da TMG Automotive, indicada como presidente, os novos administradores eleitos são o gestor Frederico Silva Pinto, atual administrador não executivo da Cerealis, a economista Carla Chousal e António Marquez Filipe, administrador do grupo Symington, estes dois últimos reconduzidos da anterior administração.

O Conselho de Fundadores da Casa da Música procedeu esta quarta-feira à eleição dos quatro elementos do conselho de administração, designados pelas entidades privadas que o integram, para o triénio 2024-2026.

A Câmara Municipal do Porto e a Área Metropolitana do Porto designarão, oportunamente, o seu representante conjunto no conselho de administração da Casa da Música, enquanto o Estado, através do Ministério da Cultura, havia já designado, o músico e professor Álvaro Teixeira Lopes e o arquiteto André Tavares.

A escolha de presidente e vice-presidente, no entanto, terá de ser formalizada pelos seus pares, por voto secreto, numa reunião do novo conselho de administração convocada para esse fim, segundo os estatutos.

Na reunião de hoje foi ainda aprovada a atribuição do estatuto de fundador a Artur Santos Silva e a Luís Valente de Oliveira, antigos presidentes do Conselho de Fundadores.

A escolha de uma nova direção artística, que tem a correr o processo final do concurso, e um modelo de governação, missão e estratégia, mais atento à angariação de mecenas e parceiros, segundo as conclusões do grupo de reflexão para a Casa da Música divulgadas no final de 2023, são perspetivas que se abrem agora à administração saída hoje do Conselho de Fundadores.

Em declarações à Lusa, Luís Campos Ferreira afirmou que a ausência na reunião de hoje do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e da ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, não mereceu nenhuma leitura especial, indicando “não ter nenhum dado que indique que tenha a ver com outro motivo que não a agenda própria de cada um”.

Questionado sobre a possibilidade de a imagem da Casa da Música ter sido beliscada com o processo de sucessão de Rui Amorim de Sousa, que se encontrava à frente da administração desde 2021, o presidente do Conselho de Fundadores afirmou que “a única coisa de que tem conhecimento” é que “o novo Conselho de Administração foi eleito hoje”.

“O que por mim passou foi uma eleição de quatro administradores num Conselho de Fundadores indicados pelos privados”, acrescentou.

No passado sábado, o jornal Público noticiou que o nome de Isabel Furtado, ao contrário dos estatutos, tinha resultado de um convite feito pelo presidente ainda em exercício, Rui Amorim de Sousa.

A Lusa tentou uma reação do presidente cessante, visado pela notícia do jornal, mas este recusou prestar esclarecimentos.

O Estado é o maior financiador da Casa da Música, contribuindo com 10 milhões de euros anuais para a instituição, mas a maioria dos administradores são oriundos do setor privado, sendo a gestão também privada.

Desde 2005, quando abriu ao público, mais de 3,5 milhões de espectadores assistiram a espetáculos na Casa da Música.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: André Rolo / Global Imagens