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Caos no aeroporto de São Paulo deixa milhares a dormirem nos corredores

Milhares de passageiros passaram a madrugada de domingo para esta segunda-feira a dormir em cadeiras ou no chão de corredores do Aeroporto Internacional de Congonhas, na zona sul de São Paulo, o segundo mais movimentado do Brasil.

Um acidente sem vítimas ocorrido ao início da tarde de domingo com um pequeno avião executivo levou ao encerramento da pista principal até ao final da noite e pelo menos 233 voos foram impedidos de descolar ou aterrar.

Um pneu do pequeno avião, com cinco pessoas a bordo, rebentou ao tocar a pista, derrapou por vários metros e ficou atravessado, por muito pouco não caindo num terreno com declive em baixo do qual atravessa uma importante avenida.

Ninguém ficou ferido, mas como a aeronave só foi retirada pouco antes das 23 horas locais, 03 horas da madrugada em Lisboa, o caos tomou conta do aeroporto e provocou grandes transtornos e muita tensão entre passageiros e funcionários das companhias aéreas.

Sem previsão da retomada dos voos, as empresas aéreas e a própria administração do aeroporto iam dando respostas vagas aos passageiros, muitos deles com compromissos importantes esta segunda-feira nos seus locais de destino ou com conexões noutras cidades, e houve ao longo de toda a madrugada cenas de quase violência, com muita gritaria, empurrões e ofensas.

Famílias inteiras, incluindo com crianças, passaram a madrugada a vaguear pelos corredores ou em intermináveis filas de horas de espera até conseguirem chegar a um guichet onde uma funcionária assustada dizia a medo não ter previsão de nada.

Esta segunda-feira amanheceu com o enorme aeroporto completamente tomado por passageiros revoltados e cansados, pois, era a queixa mais frequente, as companhias aéreas não tinham providenciado nem alimentação, nem hospedagem.

A meio da manhã, após novos cancelamentos, os voos foram retomados, mas o caos não atenuou, antes pelo contrário, pois aos passageiros dos voos de ontem que tinham ficado retidos juntaram-se os dos voos marcados para hoje, e ninguém se atrevia a estimar quando a situação seria normalizada, uma vez que as empresas não estavam a conseguir aviões suficientes para todos. 

Fonte: Correio da Manhã / Portugal

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