O Benfica arrasou esta quarta-feira o Atlético de Madrid, por 4-0, garantindo à 2.ª jornada o terceiro lugar na Liga dos Campeões.
Cumpriu-se o desejo do treinador Bruno Lage, que queria uma grande exibição para reconquistar os adeptos. E a verdade é que o objetivo foi cumprido com uma autêntica noite de gala no Estádio da Luz, para a qual foi decisivo o rigor tático, muita cabeça fria na hora de defender e a magia de vários jogadores, que colocaram o talento ao serviço da equipa.
Bruno Lage estudou muito bem o Atlético e conseguiu montar uma estratégia que passou pela aposta em Alexander Bah em detrimento de António Silva no onze inicial, o que visou abrir a frente de ataque, aproveitando o início da construção a três, com Álvaro Carreras junto dos centrais, sendo que o dinamarquês abria na ala direita como um autêntico extremo, com Di María a descair para zonas interiores.
Com isto a linha defensiva colchonera esticava a toda a largura, fazendo com que se sentisse bastante desconfortável, abrindo muitos espaços. Mesmo quando tentava sair para o ataque, o Atlético esbarrava na excelente transição defensiva encarnada, que contou com Florentino como autêntico ladrão de bolas.
A exibição madura da equipa da Luz começou a ganhar expressão logo aos seis minutos quando Pavlidis, por duas vezes, esteve à beira de marcar: primeiro valeu ao Atlético que Witsel cortou para canto, sendo que na sequência foi Oblak a negar o golo ao grego com uma boa defesa.
Estes dois lances no mesmo minutos empolgaram o público que encheu o estádio da Luz e com isso chegou o golo… A defesa do Atlético não conseguiu tirar a bola de perto da sua área, Aursnes recuperou-a e descobriu Aktürkoglu, sozinho numa autêntica cratera na defesa espanhola.
O turco bateu Oblak, fez o quarto golo (dois na Champions) em cinco jogos de águia ao peito e festejou à Harry Potter, como já é seu hábito.
É certo que o Atlético subiu as linhas, mas o Benfica não se intimidou e, tirando um cruzamento de Samuel Lino que embateu na barra da baliza, pouco incomodaram Trubin.
Foi até Pavlidis a estar perto do 2-0, num lançamento lateral de Bah que isolou Di María… Witsel ainda bloqueou o remate do argentino, mas a bola sobrou para o grego que rematou ao poste, já com Oblak batido.
Diego Simeone estava irritado e ao intervalo fez logo três substituições, afinal tinha de mudar qualquer coisa para inverter o rumo do jogo.
Só que logo aos 52 minutos, Pavlidis foi pisado nos dois pés dentro da área e, depois de consultar o VAR, mandou marcar penálti, que Di María aproveitou para fazer o 2-0.
Era o melhor que podia ter acontecido ao Benfica, que logo a seguir podia ter aumentado a vantagem, primeiro por Pavlidis e depois Di María. Valeu Oblak, que assinalava o regresso à Luz com uma bela exibição.
A partir desse momento os encarnados controlaram o jogo, ainda com mais rigor na organização defensiva, perante o Atlético que acabou por se afundar nas substituições de Simeone.
O resultado disso foram mais dois golos. Primeiro através da cabeça de Alexander Bah, na sequência de um canto de Beste, e depois num penálti marcado por Kökçü, a castigar falta sobre Di María, que confirmou a goleada.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Miguel A. Lopes / Lusa