O governo brasileiro repatriou este sábado um novo grupo de 30 pessoas, brasileiros e seus familiares palestinianos, da Faixa de Gaza, no meio da escalada do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, noticiou a EFE.
Entre os passageiros resgatados estão 14 crianças, informou a Presidência brasileira, em comunicado.
O grupo de repatriados, que inclui 16 brasileiros e 14 familiares palestinianos, chegou a Brasília num voo da Força Aérea Brasileira proveniente do aeroporto do Cairo, para onde se deslocou após atravessar o posto fronteiriço de Rafah, que liga o Egito a Gaza.
“A situação é muito difícil. Não há lugar seguro em Gaza. As crianças estão sempre com medo”, declarou um dos elementos, após chegar à capital brasileira.
A ação integra-se na operação lançada pelo governo do Presidente brasileiro, Lula da Silva, para repatriar os cidadãos brasileiros que desejam deixar o Médio Oriente face ao agravamento do conflito israelo-palestiniano.
Desde os ataques do Hamas de 07 de outubro, o Brasil fretou 12 voos através dos quais resgatou 1.555 pessoas, entre brasileiros e familiares, que se encontravam em Israel e nos territórios palestinianos, tanto em Gaza como na Cisjordânia.
De Gaza, sob forte bombardeamento israelita, o Brasil conseguiu retirar 141 brasileiros e seus familiares via Egito, e ainda aguarda outros 23 que esperam para cruzar a fronteira com o Egito, único ponto de passagem aberto para civis deixarem o enclave.
Cada passageiro precisa da aprovação das autoridades israelitas, egípcias e palestinianas para sair.
O Presidente Lula da Silva condenou desde o início os ataques terroristas do Hamas de 07 de outubro, mas ao mesmo tempo defendeu que “a atitude de Israel para com as crianças e as mulheres” de Gaza “é igual ao terrorismo”.
Em 07 de outubro, o Hamas lançou um ataque contra Israel que causou mais de 1.200 mortos e cerca de 240 raptados, alguns dos quais foram libertados em troca de prisioneiros palestinianos.
Em represália, Israel iniciou uma ofensiva militar em Gaza que causou pelo menos 20.057 mortos e 53.320 feridos, na sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Fonte: diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: GOV-BR / FAB