A greve dos funcionários que atuam na Embaixada de Portugal no Brasil segue nesta semana. De acordo com Alexandre Vieira, secretário adjunto do Sindicato dos Trabalhadores Consulares, Missões Diplomáticas e Serviços Centrais (STCDE), somente em São Paulo há um atendimento parcial, com duas pessoas que decidiram não fazer a greve.
Ao DN Brasil, Vieira afirma que os consulados e vice-consulados estão fechados, bem como a embaixada, em Brasília. “A greve continua para a segunda semana. O Governo está sem reação”, diz.
Ao DN Brasil, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) afirma que “apesar da greve, nunca abandonámos o diálogo e temos reunião marcada no final deste mês para continuar a trabalhar em soluções para os trabalhadores”. A paralisação segue até o dia 27 de março.
Os cerca de 100 trabalhadores reivindicam a fixação dos salários em euros e não mais no que classificam de “câmbio fictício de 2,16 arranjado desde 2013”. A classe ainda reivindica o pagamento retroativo de janeiro de 2023 sobre o aumento de 9% na função pública.
A situação preocupa os requerentes de visto no Brasil. Os últimos meses foram marcados por um aumento no número de pedidos de visto e também atrasos na análise dos documentos, o que levou brasileiros a realizarem diversos protestos em frente aos consulados de várias cidades, como São Paulo, Belo Horizonte e Salvador. Houve também uma onda de indeferimentos após os protestos.
Em alguns casos o tempo de análise passa dos 200 dias, enquanto o prazo legal é de 60 dias. O Governo reafirma que a única maneira de vir para Portugal é com visto e, ao mesmo tempo, reconhece que existem problemas com a rede consular.
Fonte: Diário de Notícias / Brasil
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