Vindos de todo o país, os Bombeiros Sapadores estão de volta aos protestos em Lisboa no dia em que os sindicatos reúnem-se com o Governo para exigirem valorização salarial, nomeadamente o subsídio de risco, entre outras reivindicações.
Os Bombeiros Sapadores estão concentrados esta terça-feira junto ao antigo edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o agora Campus XXI, onde decorria a reunião entre os sindicatos e três secretários de Estado.
Esta acabou por ser suspensa por o Governo considerar não estarem reunidas condições de segurança e por se recusar a negociar perante formas não ordeiras de manifestação. Por essa altura, fizeram-se alguns momentos de silêncio, com os bombeiros ajoelhados e com os capacetes no chão, interrompidos pelo entoar do hino nacional.
Pelas 12h30, os representantes dos bombeiros abandonaram o edifício sede do Governo. Segundo António Pascoal, do Sindicato dos Trabalhadores do Município e Lisboa, as negociações serão retomadas assim que forem reunidas condições. O responsável considerou, ao contrário daquele que foi o entedimento do Governo, que a segurança não estava em causa. “Os bombeiros são soldados da paz, não são soldados da guerra”, afirmou aos jornalistas.
Confrontado com o arremesso de tochas e petardos, António Pascoal realçou que os bombeiros “não magoaram ninguém, não feriram ninguém”.
Durante o protesto, que reúne centenas de Sapadores, ouviram-se palavras de ordem, pedidos de “respeito” e dignidade pela carreira e foram lançados petardos e bombas de fumo.
O protesto junto ao edifício sede do Governo levou ao corte de trânsito da avenida João XXI.
Voltam a reivindicar a valorização da carreira, que não é revista há mais de 20 anos, depois de não se ter chegado a acordo entre os sindicatos e o Governo na reunião da semana passada.
A suspensão da reunião, onde estavam presentes Telmo Correia, secretário de Estado da Administração Interna, Hernâni Dias, secretário de Estado da Administração Local e Ornamento do Território, e os sindicatos que representam os Bombeiros Sapadores, verificou-se por volta das 12.30 horas, sendo que não existe data para que seja retomada, de acordo com uma fonte do Governo citada pela SIC Notícias.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Paulo Sprangler