Os bombeiros sapadores de Lisboa estiveram até às três horas da madrugada desta terça-feira a resolver as ocorrências provocadas pelas fortes chuvas da noite de ontem em Lisboa. Foram num total 178 as ocorrências que motivaram a presença de sapadores, disse ao final da noite Tiago Lopes, comandante da corporação, acrescentando que “os sapadores procederam à limpeza das sarjetas para impedir novas inundações”.
Houve 160 inundações em lojas e habitações, três quedas de árvores, seis aluimentos de passeios, uma queda de estrutura móvel (andaime), sete quedas de revestimentos de prédios, e um curto-circuito. “Nenhuma das situações provocou feridos nem obrigou a evacuações”, afirmou o comandante no rescaldo das operações.
As fortes chuvas fizeram-se sentir no período entre as 20 e as 23 horas, afetando com maior relevância as freguesias a norte de Lisboa, a partir da Penha de França, Arroios, Areeiro e Beato. As duas situações com maior relevância deram-se na Rua da Preta, com o aluimento de parte da calçada, sem provocar feridos, e o encerramento do túnel da Avenida João XXI, entre o Campo Pequeno e Areeiro.
O período mais crítico foi entre as 21 e as 22 horas, quando foram registadas 75 ocorrências. Em grande parte das inundações, quando os elementos da corporação chegaram ao local, já a situação estava resolvida e os moradores ou comerciantes tratavam de limpar as zonas inundadas.
Os bombeiros estiveram até às três horas da madrugada no terreno e parte do trabalho passou pela limpeza das sarjetas para impedir novas inundações. “As inundações coincidiram com o pico da maré vazia, mas com a queda de folhas e a falta de chuva, as folhagens foram acumulando nas sarjetas, impedindo o escoamento da água no momento em que se deu a forte chuva”, afirmou o comandante no fim dos trabalhos.
Fonte: Jornal de Notícias / Portugal
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