O Benfica venceu o Estoril por 3-1, ficando tudo na mesma nos lugares cimeiros da I Liga, com o Sporting a liderar, com 1 ponto de avanço sobre o Benfica e 7 sobre o FC Porto, recordando-se que a equipa de Rúben Amorim tem uma partida a menos.
Roger Schmidt apresentou três grandes novidades, com João Neves, Rafa e Di María a serem suplentes, substituídos por João Mário, David Neres e Tiago Gouveia.
Em relação ao último jogo saiu ainda do onze o castigado Otamendi (rendido por Tomás Araújo) e Arthur Cabral, com Marcos Leonardo a ser titular pela primeira vez.
Foi o quarto ponta de lança utilizado de início por Roger Schmidt nos últimos quatro jogos, que assim parece justificar a sua recente afirmação acerca da inconsistência dos seus homens mais adiantados: antes do ex-Santos alinharam Rafa em Alvalade, Tengstedt no Dragão e Arthur Cabral na receção ao Glasgow Rangers.
Kökçü foi o grande protagonista no início do encontro, primeiro ao atirar de livre direto muito perto da trave e, aos 15’, ao inaugurar o marcador, através de fantástico remate de fora da área. Foi o terceiro golo do médio turco esta temporada, marca ainda longe dos 9 que obteve na época passada no Feyenoord.
O Benfica aproveitou o balanço do golo e esteve muito perto do 2-0 pouco depois, mas João Mário permitiu a defesa do guarda-redes Marcelo Carné.
Foi no entanto o Estoril a chegar ao empate logo a seguir, por Rodrigo Gomes, a aproveitar defesa para a frente de Trubin, na sequência de um remate de Heriberto.
Os “canarinhos” partiram para um resto de primeira parte totalmente tranquilo – com exceção do último lance, já lá vamos – trocando a bola com à vontade, perante a passividade dos jogadores da casa. Destacava-se a capacidade técnica de Rafik Guitane, a passear classe na sua progressão com bola, embora exagerando nas iniciativas individuais.
Era muito óbvia a falta do sempre combativo e esclarecido João Neves no meio-campo e dos fantasistas Rafa e Di María. Afinal de contas, boa parte dos lances mais perigosos da equipa nesta temporada têm surgido de iniciativas individuais destes dois jogadores e não de um jogo coletivo bem estruturado.
E se a Luz já estava bastante inquieta, assinalando com assobios várias das intervenções dos seus jogadores, explodiu em fúria aos 36’, recriminando as claques pelo lançamento de tochas para o relvado, o que obrigou à paragem da partida durante cerca de um minuto e meio.
Nesse momento, os adeptos presentes no setor das claques gritaram a plenos pulmões “o Benfica é nosso e há de ser” e mostraram uma tarja onde se podia ler “Ninguém está acima do Benfica, Roger”.
Parecia que o intervalo ia chegar com uma igualdade a uma bola, quando Marcos Leonardo, na última jogada, fez o 3-1, revelando o seu habitual sentido de oportunidade, com um desvio à boca da baliza, depois de uma assistência de cabeça de Tiago Gouveia.
Foi o quinto golo do avançado de 20 anos pelos lisboetas, em 249 minutos de utilização (média de 1 golo a cada 50 minutos).
As duas formações regressaram para a segunda parte sem alterações e o Benfica recomeçou como tinha acabado o primeiro tempo, a marcar, por Tiago Gouveia, numa bela iniciativa individual (quarto golo do extremo em 2023/24).
As águias partiram para o seu melhor período, com várias oportunidades desperdiçadas para fazer o 2-1 e num lance, o VAR Luís Ferreira chamou Manuel Oliveira, dando indicação de falta para grande penalidade de Mangala sobre Marcos Leonardo, mas o árbitro disse no microfone, para todo o estádio, que “o defesa não cometeu infração”.
No último quarto de hora, Roger Schmidt lançou Rollheiser e Arthur Cabral e, mais tarde, Morato e João Neves, mas o resultado não se alterou e ainda houve tempo para duas grandes defesas de Trubin.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Mário Vasa / Global Imagens