O Al Nassr-Benfica, na noite de quinta-feira (às 20h30 horário Lisboa, às 16h30, horário de Brasília) no Estádio Algarve, marca o reencontro entre Di María e Cristiano Ronaldo, dois deuses do futebol, um a usar orgulhosamente o título de campeão do mundo, o outro considerado um dos melhores da história deste desporto.
O argentino e o português jogaram juntos no Real Madrid durante quatro anos (2010-2014) e construíram uma ligação que o tempo dificilmente apagará.
O esquerdino ainda hoje é o quarto jogador que mais assistências fez para o goleador nascido na Madeira, com 25 passes para golo (apenas atrás de Benzema, Gareth Bale e Ozil), cuja sociedade contribuiu para a conquista de seis títulos, incluindo uma Liga dos Campeões, em 2014, no Estádio da Luz, frente ao rival Atlético Madrid.
Na memória dos adeptos merengues ficaram vários momentos protagonizados entre ambos, quase sempre com o benfiquista a cruzar (da esquerda, da direita, de trivela ou de letra) e o avançado a concretizar (de pé direito, esquerdo e muito de cabeça).
O papel de assistente, aliás, assenta bem em Di María, o segundo jogador em atividade com mais passes para golo (258), apenas atrás do compatriota Lionel Messi.
O 7 em Old Trafford
Será a quinta vez que Di María e Ronaldo se defrontam depois de o argentino abandonar a capital espanhola, em 2014, rumo ao Manchester United, de onde tinha vindo CR7 em 2009.
A primeira foi num particular de seleções, disputado em Old Trafford, e seguiram-se três jogos para a Liga dos Campeões, já com El Fideo a vestir as cores do PSG, com um empate e duas vitórias do Real Madrid, uma delas com contributo goleador do capitão da Seleção Nacional (2-1, oitavos de final, em 2018).
Nunca mais voltaram a jogar juntos, mas Di María ainda pisou terrenos que foram de Ronaldo: uma época (2014/2015) nos red devils usando a mítica camisola 7 e mas tarde na Juventus (2022/2023), que o ponta de lança representou entre 2018 e 2021.
De regresso a Portugal, Ángel Di María traz com ele uma enorme experiência e um lastro de conquistas que o colocam no topo mundial. Basta a comparação com Ronaldo para se perceber a dimensão da sua carreira: tem apenas menos um título coletivo que CR7 (34 contra 33) – se jogar e vencer o FC Porto na Supertaça, Angelito iguala-o em troféus.
«Tenho uma grande amizade com Cristiano Ronaldo. Ele sempre me apoiou. Mesmo quando me ia abaixo ele lutou para que eu ficasse no Real Madrid. Graças a ele eu fiquei mais tempo no Real. Terminei a minha passagem por Madrid com a conquista da Champions. Fui-me embora da melhor maneira», disse o argentino em 2014, após trocar o Real Madrid pelo Manchester United.
«Di María é um jogador fantástico. Foi um jogador importante no Real Madrid. Sobretudo nos grandes jogos, ele consegue sempre criar oportunidades de golo», reagiu Ronaldo.
Hoje estão mais velhos mas continuam com um estatuto de estrelas. Coisas só ao alcance dos craques.
Fonte e crédito da imagem: Jornal A Bola / Portugal – PL Brasil